“Vovôs garotos”: Desafio Raia Rápida 2016 traz veteranos como destaques
O mundo do esporte pode ser cruel. Uma pessoa com mais de 30 anos ainda é vista como jovem, mas no cenário esportivo pode ser considerada veterana. Mas isso não se aplica no Desafio Raia Rápida. Com cada uma das quatro equipes (Brasil, Estados Unidos, África do Sul e Itália) tendo pelo menos um nadador com mais de 30 anos, os “vovôs garotos” estão em alta nessa edição. Antonhy Ervin, Roland Schoeman e João Junior são alguns dos veteranos que vão disputar o torneio na piscina dos Jogos Olímpicos Rio 2016, neste domingo. A competição será transmitida ao vivo pelo Esporte Espetacular, da TV Globo, a partir das 10h.
O principal deles é o americano Anthony Ervin. Do alto dos seus 35 anos, o americano conquistou o ouro nos 50m livre, com o tempo de 21s40, e no revezamento 4x100m livre na Rio 2016. No desafio, ele vai participar na categoria nado livre. Adversário do Ervin tanto no domingo quanto na Olimpíada, o brasileiro Bruno Fratus disse que vai tentar pegar umas dicas para continuar competitivo em 2020.
– Tem o Roland e o Anthony, e daqui a pouco, em Tóquio, eu vou ser um veterano também. Vou estar com 31 anos. Estou procurando aprender um pouquinho os segredos dessa galera para me manter saudável e competitivo até os trinta e poucos.
Mencionado por Fratus, Roland Schoeman é o principal nome da natação sul-africana. Em 2004, ele conquistou três medalhas em uma única edição olímpica. O Brasil, por exemplo, só alcançou essa marca no Rio, com o canoísta Isaquías Queiroz. Em Atenas, com 24 anos, Roland foi ouro no revezamento 4x100m livre, bronze nos 50m livre e prata nos 100m livre. Também bateu o recorde mundial dos 50m borboleta, em 2005, e do revezamento 4x100m livre, em 2004. Aos 36 anos, o sul-africano vai nadar na categoria borboleta, mas ainda não sabe quando se aposenta.
– Quanto mais velho você fica, mais difícil é (decidir se para ou não). Ver alguém como Anthony Ervin ganhando uma medalha de ouro, faz as pessoas pensarem se a idade para se aposentar não é mais necessariamente 25, 26 ou 27 anos. Pode ser 35, 36 ou 37 e ainda ganhar uma medalha olímpica.
No Brasil, o nadador mais veterano é João Gomes. Aos 30 anos, ele ficou na quinta posição no 100m peito, com 59s31, e em sexto no revezamento 4x100m medley, com 58s59, na Olimpíada.
– Pude viver esse sonho. Fui para final, consegui um resultado legal. Apesar de não ter conseguido medalha, mas tive um resultado importante para a minha carreira e para esses quatro anos a mais. Agora o meu objetivo é estar em 2020, viver isso tudo de novo. Isso aqui parece uma droga viciante. Quero estar em 2020 e, se possível, com a medalha
Sem tantas conquistas, o italiano Mirco Di Tora, de 30 anos completa a lista de veteranos de cada equipe. Ele vai nadar na categoria livre e não disputa uma Olimpíada desde 2012, quando foi à Olimpíada de Londres.
GloboEsporte
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