Vídeo que viralizou mostra modelo que acusou Neymar de estupro o agredindo em quarto de hotel
Um vídeo que viralizou em milhares de grupos de WhatsApp na noite desta quarta-feira (5) mostra a modelo Najila Trindade Mendes de Souza agredindo o jogador Neymar a tapas em um quarto de hotel. O vídeo é interrompido sem mostrar o desfecho da cena.
Najila é a modelo que acusa Neymar de agressão e estupro em um encontro em Paris em 15 de maio.
O vídeo que viralizou agora seria de um segundo encontro entre os dois. Tem 1 minuto e 5 segundos. A câmera fica em uma posição fixa que mostra apenas parte da cama e, ao fundo, ouve-se a música “Every breath you take”, do grupo The Police.
Em metade do tempo, ninguém aparece em cena. Ouve-se os dois conversando amistosamente e, aos 30 segundos, Neymar diz: “Assim como?”
Aos 36 segundos, Neymar se deita na cama e pergunta novamente: “Assim como?”. Najila vem em seguida, deitando-se sobre o jogador. Aos 39 segundos, ouve-se um tapa.
Neymar diz “não, não, não, não, não, não me bate não”.
Najila responde: “Não? Você vai me bater, né? Vai me bater?”
Eles conversam mais um pouco e, aos 54 segundos, Najila se levanta e fica em pé, à frente da cama.
Neymar começa a se levantar também, carregando um celular em uma das mãos, mas se deita de novo.
Aos 57 segundos, Najila vai em direção a Neymar, dá dois tapas no jogador e atira nele um objeto, enquanto diz: “Mas eu vou te bater. Sabe por que vou te bater? Sabe por quê? Sabe por quê? Por que você me agrediu ontem. Você me deixou aqui sozinha.”
O que diz o advogado
Segundo o advogado de Najla, Danilo Garcia de Andrade, o vídeo tem sete minutos no total, mas até agora só um trecho de um minuto foi divulgado. O advogado não soube explicar o que há no restante do vídeo. Disse que ainda não assistiu. Apesar de o vídeo só mostrar Najila agredindo Neymar, o advogado disse que o objetivo da sua cliente era mostrar que ela foi agredida e estuprada.
“O segundo encontro, o que ela me disse sobre o segundo encontro foi o seguinte: que ela precisava de uma prova de que aquela agressão, que aquele tapa era o Neymar que teria dado. Então ela atraiu o Neymar novamente ao quarto e gravou o Neymar naquela situação. Eu ainda não vi o vídeo de forma exaustiva. Eu vi um minuto do vídeo”, disse o advogado.
O advogado disse que Najila deve comparecer à delegacia que conduz o inquérito em São Paulo, às 11 h da próxima sexta-feira (7). E que o vídeo só deve ser entregue à polícia depois que ele for estudado pela defesa.
O que diz a modelo
Em entrevista ao SBT na noite desta quarta-feira, Najila disse que sua intenção ao viajar para Paris era ter relações sexuais com Neymar e confirmou que passagem e hospedagem foram pagas por ele. Mas que, ao recebê-lo no hotel, Neymar estava agressivo.
Disse que mesmo assim, como ela tinha muita vontade de ficar com ele, começou a trocar carícias com Neymar, até que perguntou se ele tinha trazido preservativo, já que ela não tinha.
Segundo Najila, ele respondeu que não e ela então disse que não ia acontecer nada além do que já tinha acontecido.
Najila disse que Neymar primeiro ficou em silêncio, depois a virou e cometeu o que ela chamou de ato enquanto batia violentamente nas nádegas dela. Najila afirmou que pediu para ele parar. Ela disse que tudo foi muito rápido, questão de segundos até que ela conseguiu se retirar para o banheiro.
Em outro trecho Najila lembra que no dia seguinte Neymar mandou para ela uma foto dela machucada nas nádegas. É o trecho das mensagens divulgadas por Neymar em que ela diz que vai ter volta. E ele responde: “Vai ter volta nada hahaha”
Ela não foi questionada e não explicou como Neymar conseguiu fazer uma foto dela machucada, se ela escapou em poucos segundos para o banheiro.
Sobre o fato de ter mantido conversas amistosas com ele após o primeiro encontro, Najila disse que fez isso para que Neymar continuasse a falar com ela e assim ela pudesse provar o que ele fez com ela.
O exame de corpo de delito feito na jovem no dia em que o caso foi registrado, 31 de maio, já ficou pronto. E a única lesão detectada foi em um dos dedos das mãos da jovem. Mas a polícia de São Paulo não descarta que ela tenha sofrido alguma violência sexual.
Para ter certeza, a delegada quer ter acesso, agora, ao laudo particular feito pela mulher e depois entregá-lo para um grupo de médicos analisar o documento.
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