Vergonha! Professor de Esperança denuncia perseguição por parte do Governo Estadual
Professor da cidade de Esperança relata perseguição política por não deixarem que ele assumisse cargo de diretor, mesmo vencendo as eleições. Para espanto geral, a secretária de Educação Estadual decidiu nomear apenas os vice-diretores para manter no cargo e o professor vencedor do pleito, que não é correligionário do governador, ficou fora.
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Candidatei-me ao cargo de diretor escolar, visto que há eleições para se ocupar o cargo no Estado, mas o processo foi cheio de confusões, primeiramente a comissão eleitoral da escola impugnou minha chapa sem nenhum motivo nem ofertar chance de defesa, tive que recorrer à justiça e através de um Mandado de Segurança, retornei à disputa, mas a diretora da época liberou as aulas para que eu não comunicasse aos alunos o retorno, mesmo assim venci a disputa, o que prova que a comunidade escolar não aprovava tais práticas de injustiça e perseguição, típicas do tempo coronelismo.
Pois bem, insatisfeita, a comissão eleitoral anulou a eleição e anunciou novo pleito, fui à justiça novamente, que suspendeu o novo ato ilegal. Enquanto isso a Secretária de Educação permanecia inerte assistindo aos acontecimentos. Com o fim do mandato da gestão, o Governo do Estado nomeou uma gestão interina, sob a justificativa de que precisava analisar o caso. Passaram-se nove meses, e a Secretária de Educação Márcia Lucena só emitiu um parecer em agosto de 2013, e para espanto geral decidiu nomear apenas os vice-diretores para manter no cargo a gestora que é correligionária política do governador na cidade de Esperança.
Como todos sabem a chapa é indivisível, se houvesse irregularidade toda ela seria impugnada. Embora haja uma decisão judicial transitada em julgado garantindo a inscrição da chapa, ela foi quebrada pela decisão, o que faz sugerir perseguição política por eu ter feito críticas e cobrado o procurador da educação e a secretária de educação pela morosidade. Para justificar tal aberração, alegaram uso do facebook para realizar propaganda antecipada, quando o edital que rege o pleito não abordava o tema, era omisso, além disso, o próprio TSE já decidiu que conversas informais com amigos e seguidores não caracterizam propaganda, mas precisava-se de um motivo para mascarar a perseguição.
Ressalte-se que se trata de um material impresso cheio de edições e uso de corretivo que utilizaram para fundamentar a questão. Dessa forma tive que recorrer novamente à justiça solicitando posse, mas como é contra um órgão público, os prazos são diferenciados, e o processo ainda tramita, enquanto isso passa o tempo e o voto popular foi jogado no lixo. Então fica o questionamento: Por que realizar eleições se não se respeita o resultado das urnas? Foi este o grande salto que a Paraíba deu na educação?
A Secretaria de Educação já está no terceiro ocupante, pois os dois anteriores renunciaram sob denúncias e suspeitas de escândalos, como se noticiou na imprensa, vimos ocorrerem acusações de empresários que o procurador da educação cobrava propina nas escolas, vimos o deputado João Henrique afirmar que a Secretária de Educação era como “Santo em quarto de rapariga, que vê tudo e nada diz”. Na minha escola há denúncias contra a ex-gestora, por assédio moral, irregularidade na prestação de contas, massacre e perseguição e a secretária não toma providências deixando a escola e os alunos à mercê das brigas políticas. Então, afinal, a sociedade quer saber o que se passa na Secretaria de Educação da Paraíba. É preciso que se abra essa caixa preta, pois estão brincando com coisa séria. Enquanto isso Ministério Público, Assembleia legislativa se calam é tudo muito lento e assim os crimes prescrevem sem punição, o que é um estímulo à impunidade.
Leonardo Araújo Diniz – EEEFM Monsenhor José da Silva Coutinho
Esperança – PB
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