Vacina contra febre amarela é ofertada pelo SUS e faz parte do calendário de rotina
A melhor forma de prevenir doenças é a vacinação. Com a pandemia da Covid-19, a importância da vacinação se tornou mais evidente no Brasil e no mundo. Por meio da vacina, o organismo fica protegido de diversos vírus e bactérias que podem comprometer gravemente à saúde, podendo levar à morte.
Assim como outras vacinas do calendário de rotina, a cobertura vacinal contra febre amarela, doença hemorrágica com alta letalidade caiu no País. Um levantamento do Sistema do Programa Nacional de Imunização aponta que muitas vacinas deixaram de ser administrada nos serviços de saúde, desde o início da pandemia da Covid-19.
“Aos poucos temos trabalhado para recuperar esse cenário de baixa cobertura vacinal, com muita orientação e busca ativa desses usuários, principalmente. É importante que que as pessoas procurem os serviços e garantam que estejam protegidas, desde as doses de rotina, como as doses de campanha de Sarampo, Covid-19 e Influenza”, destacou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa.
Na Rede Municipal de Saúde, a vacina da febre amarela é ofertada à crianças a partir de nove meses a adultos até 59 anos. No entanto, pessoas com mais de 60 anos devem se vacinar somente se residirem em regiões de transmissão da febre amarela ou forem viajar para áreas de transmissão da doença. Para este grupo deve-se avaliar o estado de saúde para ofertar a vacinação mediante prescrição médica.
No calendário de rotina, a primeira dose da vacina está indicada aos nove meses de idade e o reforço será aos quatro anos de idade. Ainda, a vacina é contraindicada às crianças menores de 6 meses de idade e pessoas com história de anafilaxia comprovada em doses anteriores ou relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou a outras).
Sobre a doença – A febre amarela é uma doença hemorrágica causada por um vírus do gênero flavivírus, que se destaca entre as doenças infecciosas que podem ser evitadas por meio de vacinas, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas acima de seis meses.
A doença é comum em 47 países de baixa e média renda nos continentes africano e sul-americano. Com níveis variados de gravidade e letalidade, a febre amarela é responsável por ao menos 60 mil mortes por ano. Segundo estimativas, no período de 2000 a 2021, a doença apresentou taxa de letalidade de 47,8%, considerada elevada.
O risco da queda da vacinação contra a febre amarela é o surgimento de nova onda da doença no Brasil. Profissionais de saúde alertam que a incidência em cidades de grande porte pode favorecer o ressurgimento da febre amarela urbana. Não é só a cobertura vacinal contra a febre amarela que sofreu queda. Segundo levantamento disponibilizado pelo DataSUS, essa realidade se estende às demais vacinas. Para a maioria dos imunizantes disponibilizadas, a cobertura deveria ser maior que 95%.
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