Último capítulo da Guerra Fria?
”Último vestígio da Guerra Fria”. – Dilma
”Os EUA não ficaram presos ao passado”. – Obama
” Obama não tem responsabilidade pelos dez presidentes anteriores a ele”. – Raúl Castro
Essas foram algumas das falas proferidas na VII Cúpula das Américas no Panamá este fim de semana.
Lembro-me que no ano passado escrevi um artigo sobre os motivos que impulsionaram essa reaproximação, dentre eles citei: a insatisfação de Obama em relação política EUA-CUBA, a questão da prisão do norteamericano Alan Gross, a mediação do Papa Francisco convidando-os a resolverem questões humanitárias, a pressão dos exportadores norte-americanos que mantém negócios com Cuba e o interesse dos EUA no Porto de Maciel cubano.
Essa reaproximação põe fim a décadas de conflitos ideológicos, políticos e econômicos. Desde o fim da Guerra fria, cuba e EUA não mantinham relações diplomáticas, e essa reaproximação põe o fim a décadas de conflitos políticos, ideológicos e econômicos. Claro que não sejamos inocentes a acreditar em ensaios para a ”paz e desenvolvimento para todos” como proferiu a presidenta Dilma em seu discurso na VII Cúpulas das Américas, mas não podemos ignorar o fato que, esse encontro abre caminho para fim do embargo econômico norte-americano, instalação de embaixadas norteamericano no território cubano e retirada de Cuba da lista dos países acusados de financiar o terrorismo.
Que esse encontro seja realmente o fim do último capítulo da Guerra nada Fria!
*Paulo Henrique
Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia.
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