Publicado em: 9 jul 2014

Trio ‘trintão’ joga por uma nova chance de tirar a Holanda da fila

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Dinheiro, fama e prestígio não faltam para Sneijder,Robben e Van Persie. Poderiam encerrar suas carreiras a qualquer momento que ainda assim estariam entre os grandes do futebol holandês. Mas falta algo, aquilo que imortaliza jogadores, os coloca em um patamar diferente. Falta um título de Copa do Mundo. E esta pode ser a última chance dos “trintões” de fazer história e acabar com o fantasma que ronda a Holanda.

Coincidentemente, os três já atingiram a marca dos 30 anos, separados apenas por alguns meses no nascimento. Terão 34 no Mundial da Rússia em 2018. Imaginá-los ainda em campo pela seleção não é impossível, mas o trio precisará de um grande desempenho nas próximas temporadas para suprirem a idade avançada e levarem vantagem sobre a nova geração. Por isso, vencer agora é fundamental.

Se a ambição de conquistar o título no Brasil é grande, para Robben ela é gigante. Talvez, impossível de mensurar. Quatro anos atrás, na final contra a Espanha, o atacante poderia ter virado herói. Ainda com o placar 0 a 0, disparou livre em direção ao gol. Fácil demais para um craque. Casillas, porém, tirou o chute com a perna direita. Robben caiu no gramado, com as mãos na cabeça, incrédulo na chance que acabara de desperdiçar.

van Persie no treino da Holanda (Foto: Getty Images)Van Persie completa o trio (Foto: Getty Images)

Responder, aliás, é comum para o carequinha. Dois anos depois daquele gol perdido, perdeu um pênalti na prorrogação da final da Liga dos Campeões, entre Bayern de Munique e Chelsea. Nas penalidades, os ingleses levaram o título. No entanto, em 2013, veio o troco. Já nos minutos finais, Robben fez o gol do título europeu do mesmo Bayern diante do Borussia Dortmund. Tirou um peso das costas, acabou com a sina de derrotado, virou craque de uma vez por todas.

– Ele está fazendo um trabalho fantástico, comandando nossas ações. Sem dúvida, faz um campeonato maravilhoso. Provavelmente, será o melhor jogador da Copa – afirmou o zagueiro De Vrij.

Van Persie também está em seu terceiro Mundial em busca da redenção. Seus números são bem distantes do “homem-gol” que ganhou fama no Arsenal e no Manchester United. Em duas Copas, fez apenas dois gols e pouco brilhou. Já em 2014, anotou três, mas caiu de rendimento nas últimas partidas. Mesmo assim, segue como titular absoluto, vencendo a disputa interna com outro grandalhão, Huntelaar.

– Van Persie é o nosso capitão. Portanto, só por esse cargo ele é muito importante – disse o técnico Louis van Gaal.

Do trio, quem tem menos chance de seguir na seleção após a Copa é Sneijder. Com isso, o peso de uma vitória triplica. Importante nos dois últimos Mundiais, o “cérebro” holandês atua no Galatasaray, da Turquia, uma espécie de segundo escalação do futebol europeu. No Brasil, ainda não brilhou como se esperava. 

A Copa do Mundo de 2014 deve encerrar também o ciclo de outros jogadores que brilham menos, como os atacantes Kuyt (33 anos) e Huntelarr (30), além do volante De Jong (29). Um título acabaria com a fama de “eterna vice” da Holanda e coroaria uma geração que aumentou a lista de ídolos do país.

Holanda e Argentina disputam uma vaga na final, nesta quarta-feira, às 17h, na Arena Corinthians, em São Paulo. Quem vencer pega a Alemanha na decisão, domingo, no Maracanã.

Portal do Litoral PB 

Com Globo Esporte 




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