Treinador do Botafogo-PB diz que falta “ambição de matar o adversário” ao time
Os últimos dois dias na Maravilha do Contorno foram para a realização de jogos treinos contra o Vitória das Tabocas-PE (05) e o Serrano (06). Foram utilizadas duas equipes distintas. No primeiro jogo, a equipe base, nas palavras do técnico Evaristo Piza, já no segundo, o considerado time reserva.
Ainda restam dois jogos-treinos antes da estréia no Campeonato Paraibano de 2020, contra a equipe do São Paulo Crystal, em João Pessoa, no dia 19. Os amistosos serão no sábado (11), contra o Sport, em Recife, e no domingo (12), diante do Sport Lagoa Seca, no CT da Maravilha do Contorno.
Mesmo com dois testes ainda a serem realizados, a equipe vai tomando forma, com os novos jogadores cada vez mais adaptados ao novo clube e as ideias de jogo do treinador. Mas o comandante botafoguense ainda sente que falta algo: objetividade.
– Ontem (05), senti que fizemos um bom jogo, mas se tivéssemos um pouco mais de ambição de matar o adversário, um pouco mais de força no nosso controle de jogo, verticalizando mais, talvez faríamos um placar maior que o 2 a 0. Não adianta nós fazermos um jogo conservador para manter o 2 a 0, para em uma situação, o adversário escapar, fazer 2 a 1, e acabar perdendo o equilíbrio. Se está com o controle do jogo está dominando o adversário, vamos executá-los – revelou.
O embate no cenário do futebol brasileiro sobre as características de jogo ofensiva ou defensiva tem se acentuado, principalmente, na última temporada com o bom desempenho de equipes treinadas por estrangeiros, como Jorge Sampaoli e Jorge Jesus, que impuseram um jogo ofensivo do início ao fim. Em oposição, treinadores que haviam conquistados títulos recentes, mas com o uma mentalidade mais conservadora, como Felipão, Mano Menezes e Fábio Carille, fracassaram e terminaram o ano desempregados.
É diante desse cenário, apegado as suas próprias convicções e a uma leitura do que supostamente seriam as características do futebol nordestino, que Evaristo Piza pretende impor aos seus jogadores a mentalidade de sempre manter a sua equipe para cima dos adversários.
– Sempre foi o que penso como filosofia de jogo, muitas vezes cobrado por só pensar em mexer pra frente, mas é a forma que eu penso, acredito ser a melhor forma de não correr risco. Ao invés de trancar com mais um volante, põe mais um atacante, o adversário vai ter que sair e te dar o contra-ataque. É isso que vou ter nessas duas semanas para conversar com os jogadores, mostrar que aqui é dessa forma, apresentá-los a característica do futebol nordestino de ser mais agudo no jogo – finalizou.
Voz da Torcida
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