Traficante ‘Bibi Perigosa’, suspeita de articular ataques em Natal-RN, é presa no Rio
A chefe de uma facção criminosa de tráfico de drogas que atua no Rio Grande do Norte foi presa pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Conhecida como “Bibi Perigosa”, a mulher, de 31 anos, é suspeita de articular os ataques que ocorreram em Natal (RN), em março deste ano.
Segundo a Polícia Civil informou, a traficante foi capturada n domingo, 2, em Campo Grande, Zona Oeste da capital do Rio, depois que saiu do Complexo da Penha, na Zona Norte, onde estava escondida.
Após ser localizada por meio de um trabalho de inteligência e monitoramento, foi cumprido um mandado de prisão contra ela. Conforme apontaram as investigações, “Bibi Perigosa”, identificada como Andreza Cristina Lima Leitão, se abrigou em comunidades fluminenses dominadas pelo Comando Vermelho depois dos ataques terroristas promovidos no Rio Grande do Norte, que incluíram assassinatos, roubos em série, depredação de prédios públicos e incêndios de veículos e residências.
De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes, a mulher assumiu o comando da facção após a morte do seu companheiro, em setembro de 2016.
A Polícia Civil diz que ela é considerada uma das maiores traficantes do Rio Grande do Norte e acumula vários processos na Justiça, que incluem os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e os ataques ocorridos no mês passado.
Onda de violência no Rio Grande do Norte
Os crimes teriam sido motivados pelas más condições dos presídios do RN. Em vistorias a cinco prisões do Estado, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, encontrou evidências de torturas físicas e psicológicas, falta de alimentação, desassistência em saúde e superlotação, entre outras violações dos direitos.
Especula-se ainda que duas quadrilhas rivais, Sindicato do Crime e PCC, teriam dado uma trégua no conflito para reivindicar melhorias no sistema carcerário por meio dos ataques violentos à sociedade civil e serviços públicos.
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