Trabalhadores sem terra reocupam terra e tomam armas de capangas, em Santa Rita
Cerca de setenta famílias de trabalhadores rurais sem terra reocuparam, nas primeiras horas de hoje (21), o acampamento 15 de novembro, que fica numa fazenda no distrito de Livramento, em Santa Rita. Quando os trabalhadores chegaram ao local, dois policiais que trabalhavam como capangas da fazenda tentaram impedir que eles entrassem no local. Mas, foram desarmados e expulsos da área.
Segundo o deputado estadual Frei Anastácio, a arma de um eles é um pistola e tem o símbolo da PM paraibana.Ou seja, é uma arma do estado a serviço da capangagem”, denunciou o deputado. Neste momento,a polícia cercou a área e está tentando recuperar a arma que se encontra com os trabalhadores.
Essa é a terceira vez que as famílias ocupam a mesma área. Elas já sofreram dois despejos. O acampamento foi criado no dia 15 de novembro do ano passado. O primeiro despejo aconteceu no dia 15 de janeiro, quando a polícia destruiu toda plantação e barracas montadas pelas 300 famílias de trabalhadores sem terra. O segundo despejo aconteceu em abril.
Segundo Frei Anastácio, os acampados são do distrito de Livramento, onde moram cerca de três mil famílias, que receberam terreno para construir suas casas, doados pela igreja, na gestão de Dom José Maria Pires, quando era arcebispo da Paraíba.
“Hoje, estão cercados pela cana-de-açúcar, sem trabalho. São famílias que serviram aos plantadores de cana e a usineiros e sempre viveram na miséria. Durante todos esses anos, essas famílias só conheceram o sofrimento, a pobreza, a miséria e o abandono público. Parte das famílias (300) estão lutando por terra para trabalhar”, relatou o deputado que esteve no acampamento.
Portal do Litoral PB
Assessoria
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