Publicado em: 1 fev 2014

Torpedos e Wi-Fi podem comprometer segurança do smartphone; veja dicas

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Os celulares se desenvolveram tanto em termos de tecnologia que se transformaram em computadores de bolso – os famosos smartphones. Junto com o aumento de recursos, veio o acúmulo de informações pessoais no aparelho. Essa mudança fez com que os smartphones se tornassem alvos de pessoas mal-intencionadas. Para proteger esses bytes preciosos e evitar que eles sejam roubados ou contaminados, é preciso tomar diversos cuidados. Veja dicas de especialistas.

O professor do curso de ciência da computação Rodrigo Filev afirma que o primeiro passo para garantir a proteção do aparelho é mudar o comportamento. “É preciso entender que o smartphone é um computador em local público. Por isso é necessário ser ainda mais cuidadoso”, explica.

DICAS

Não deixe o Bluetooth ligado sem motivo
Evite utilizar redes Wi-Fi desconhecidas
Tenha um antivírus instalado
Não acesse links estranhos
Verifique informações que chegam por torpedo
Evite baixar aplicativos de locais desconhecidos

Filev diz ainda que existem armadilhas feitas especialmente para fisgar usuários de telefonia móvel. “É comum encontrar redes Wi-Fi que são públicas, mas muitas vezes elas servem apenas como isca. Depois que o usuário se conecta, o criminoso tenta acessar o aparelho”, conta.

Assim como acontece com a rede Wi-Fi, o professor recomenda que os usuários sempre mantenham a conexão Bluetooth desligada quando não estiverem usando a ferramenta. O recurso pode servir como uma porta para alguém com más intenções.

O torpedo é outra forma utilizada pelos criminosos para aplicar golpes. “As tentativas de roubar dados dos usuários chegam também por SMS. Muitas vezes os cibercriminosos se passam pela própria operadora de telefonia e enviam links ou solicitam downloads por esse meio. Ao acessar um desses sites, o usuário pode ter dados pessoais roubados ou o smartphone infectado por alguma praga”, afirma Mariano Sumrell, diretor de marketing do fabricante de antivírus AVG.

Outras dicas citadas pelos especialistas incluem baixar aplicativos somente de fontes mais confiáveis, como o Google Play e a Apple Store. No entanto, é preciso saber que mesmo essas lojas online podem ter programas perigosos. O Google Play, por exemplo, apresenta mais casos de vulnerabilidade e recebeu mil aplicativos maliciosos em agosto do ano passado. Evitar links estranhos ou de fontes desconhecidas (assim como deve ser feito no computador) e possuir um antivírus instalado também são hábitos importantes.

Antivírus

O uso de um software antivírus, assim como no computador tradicional, contribui para evitar a contaminação dos smartphones. Ricardo Giorgi,  professor do curso de segurança da informação da Faculdade de Tecnologia, explica a importância de utilizar esse programa. “A tendência é que, cada vez mais, surjam novas ameaças. A troca de chips e SMS entre celulares e tablets traz um risco alto para o usuário que não utiliza antivírus, pois o dispositivo pode ser contaminado”, diz.

Giorgi explica ainda que a importância do antivírus é maior nos aparelhos com Android. “Os sistemas abertos, como o Android, são mais vulneráveis que os da Apple, porque os criminosos conhecem o funcionamento do software. Isso faz com que seja ainda mais importante usar um bom antivírus”, conta.

O professor recomenda que, na hora da escolha, o usuário opte por um programa de segurança com atualizações frequentes. É necessário atentar-se a esse detalhe porque as ameaças mudam rapidamente

Como identificar uma contaminação

As dicas acima servem para prevenir um possível roubo de dados ou uma infecção com algum tipo de arquivo malicioso. Mas também é preciso identificar quando um smartphone já está contaminado. Nesta situação, os aparelhos apresentam alguns sinais que podem apontar um problema.

SINAIS DE CONTAMINAÇÃO

Lentidão
Alto consumo de dados
Calor excessivo
Bateria com pouca duração
Aplicativos que aparecem sozinhos
Cobrança por serviços que não foram contratados

Sumrell, da AVG, diz que comportamentos como alto consumo de dados, números estranhos na conta e até cobrança por serviços que não foram pedidos podem ser sinais de uma contaminação. “Um malware é capaz de enviar um SMS sozinho e contratar um serviço sem que a pessoa saiba”, diz.

O professor Rodrigo Filev aponta ainda que a lentidão excessiva, descarga rápida da bateria, aplicativos que aparecem sozinhos e aumento de temperatura sem justificativa (que deveria acontecer apenas quando o smartphone está processando uma tarefa pesada) também merecem atenção do usuário.

 

Você é capaz de dizer se um firewall substitui um antivírus? E se o computador do usuário está sujeito a ser infectado só de visitar uma página da web? Por mais que especialistas banquem mães digitais e alertem “instale um antivírus, menino”, as dúvidas quanto à segurança são sempre presentes. Por isso, o UOL Tecnologiadesvenda a seguir 12 mitos e verdade sobre segurança digital; confira:Arte/UOL

Dois antivírus funcionam melhor que um
Dois antivírus instalados no computador competem entre si, deixam o sistema mais lento e abrem brecha para que a funcionalidade de um anule a proteção do outro. Em alguns casos, instalar dois softwares dessa categoria é impossível. Na teoria, o banco de dados de um antivírus atualizado deve ser igual ao de seus concorrentes. O que muda, portanto, são detalhes de desempenho e configuração. Escolha o mais apropriado para suas necessidades e imunize sua máquina.

É possível ser infectado apenas visitando uma página
Da mesma forma que mensagens de e-mails podem contar scripts maliciosos, os sites podem conter códigos da mesma natureza que são reconhecidos automaticamente pelo navegador. Muitas vezes, esses códigos são inseridos inadvertidamente em sites populares, o que aumenta ainda mais o risco. Manter o navegador e o antivírus atualizados é uma forma de evitar o problema.

Vírus podem destruir fisicamente o hardware
Os malwares não têm a capacidade de causar danos físicos diretos à máquina, mas podem induzir algum componente do computador à exaustão ou mesmo alterar os códigos nativos de placas e outras peças. Em alguns desses casos, o usuário pode perder para sempre o componente afetado.

Um firewall funciona como um antivírus
Um firewall é complementar ao antivírus e em hipóteses alguma pode substituí-lo. Os firewalls são programas utilizados para evitar que conexões suspeitas e não autorizadas vindas da internet tenham acesso ao computador do usuário. Grande parte dos antivírus possui bons firewalls. Mesmo assim, os sistemas operacionais contam com uma versão nativa do “escudo digital”

Abrir e-mails sem abrir anexo pode ser perigoso

Essa afirmação exige um detalhe técnico. De acordo com Cristine Hoepers, analista de segurança do Cert.br (setor de segurança do Comitê Gestor da Internet no Brasil), algumas mensagens podem vir com códigos maliciosos chamados de scripts embutidos no texto da mensagem. Se o programa usado para ler e-mails está configurado para interpretar scripts automaticamente, a máquina do usuário poderá ser infectada. Desabilite a função (nas configurações de auto execução do Windows, por exemplo) e mantenha o software sempre atualizado

 

 

Portal do Litoral PB

Com UOl 

 




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