TERMOMÊTRO: Vené evita comentar decisão de Rômulo, mas faz análise sobre desdobramentos pró PMDB
Em quase uma hora de entrevista ao programa Correio Debate, na tarde desta quarta-feira (19), o pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado, Veneziano Vital do Rêgo não só falou sobre o racha entre Cássio e Ricardo, mas também foi sabatinado sobre vários outros temas políticos, envolvendo alianças, seus efeitos e seus desdobramentos.
Eloquente, e com um vocabulário bastante extenso, o cabeludo só se esquivou em um momento da sabatina: quando indagado se o posicionamento independente do vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) em anunciar preferência por RC o teria surpreendido.
DECISÃO DE RÔMULO
Com um histórico de embates eleitorais, puxados muitas vezes para o campo pessoal, Veneziano, ao responder o questionamento avisou: “Eu não me adentro nesse assunto. O que eu sei é que ele foi uma lembrança de Cássio em 2010 para disputar a majoritária ao lado do PSB, já que à época ele era do PSDB. Ali, ele se encorajou por um chamamento do ex-governador”.
ALIANÇA COM O PT
De acordo com o cabeludo, a expectativa é que os dois partidos se unam. Se não for em um primeiro turno, será em um segundo.
ALIANÇA COM O PSDB
Apesar de atuarem em campos opostos, o PMDB e o PSDB podem, de acordo com Veneziano, estar juntos nas eleições de 2014, sob a condição de que o PMDB tenha que ocupar a cabeça da chapa, na disputa pelo cargo de governador. Para o PSDB restaria ou a vice ou a senatoria.
ALIANÇA COM O SOLIDARIEDADE
Presidido pelo sobrinho do ex-governador José Maranhão, o deputado Benjamim Maranhão, o Solidariedade tem na manga o tempo de guia eleitoral, que anda sendo cobiçado pelos partidos que vão disputar a chapa majoritária. Na Paraíba, conforme Veneziano, essa composição não está descartada. “Penso inclusive que seria o natural o Solidariedade compor com o PMDB, acredito que ele haverá de se identificar às raízes do PMDB e nossa relação com Benjamim continua bem estabelecida”.
ALIANÇA COM O PTB (de Wilson Santiago)
Apesar do ex-senador Wilson Santiago ter deixado o PMDB para assumir o comando do PTB paraibano, Veneziano disse que não descarta uma composição com o ex-colega de partido. “Não existe cristal quebrado na nossa relação. Sempre nos demos bem e eu nunca neguei que o PMDB perdeu um grande quadro quando ele decidiu tomar novos rumos, mas é lógico que temos uma grande simpatia pelo PTB e podemos sim também marchar juntos”, disse.
DECEPÇÃO DE CÁSSIO
Para Veneziano, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) não se pronunciou oficialmente, até agora, sobre o possível fim da aliança com o PSB, porque se sente desconfortável por ter sido um dos responsáveis pela vitória do PSB em 2010.
“Deve ser desconfortável para Cássio, pois Ricardo não tinha inserção alguma fora da Capital e da região metropolitana. Foi o DEM de Efraim Morais e o PSDB de Cássio que permitiram dar uma amplitude na candidatura do PSB em CG, então acho que é desconfortável imaginar que Campina Grande, que foi responsável por essa margem, não tenha tido tantos investimentos”, declarou.
DIVISÕES
Indagado se a divisão de Cássio e Ricardo também não atingiria o PMDB em Campina Grande, Veneziano ponderou. “Há duvidas se divide também o PMDB, pois a candidatura de Cássio terá como base Campina, vai ter essa divisão de votos, vai ser um bom debate imaginar PSDB, PSB e PMDB debatendo, isso me alimenta”, disse confiante.
Veneziano destaca ainda que a divisão maior recairá entre os aliados de Cássio e os de Ricardo, tendo em vista a enxurrada de anúncios e adesões de ‘quem fica com quem’.
“Observe nesses últimos três dias do racha entre eles o que ficou posto é que vários agentes do grupo do sendor Cássio anunciou que não ficará com ele e sim com Ricardo Coutinho. São divisões que já estão ocorrendo, no campo deles”, finalizou.
Márcia Dias
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