Suspeito de matar e esquartejar família paraibana se entrega na Espanha; assista
François Patrick Nogueira Gouveia, único suspeito da morte de um família de paraibanos na Espanha, decidiu se entregar às autoridades espanholas. Informações da imprensa internacional afirmam que o jovem viajou do Brasil para a Europa na noite de terça-feira (18) e desembarcou no aeroporto de Madri ainda na manhã desta quarta-feira (19), sendo preso imediatamente pela polícia local.
Fontes da investigação informaram à agência EFE que Patrick, que é sobrinho de Marcos Campos Nogueira, pai da da família assassinada, decidiu se entregar após conversas entre os investigadores espanhóis e seu advogado, Eduardo de Araújo Cavalcanti, que esteve na Espanha na semana passada. O suspeito se entregou voluntariamente à Polícia Federal brasileira.
Eduardo disse que após voltar da Espanha apresentou a Patrick a situação da investigação. Com isso, o jovem preferiu voltar para responder ao processo lá, ao invés de esperar a investigação caminhar no Brasil. O advogado voltou a dizer que ele não admite o crime.
Os corpos de Marcos Campos Nogueira, Janaína Santos Américo e os dois filhos do casal foram encontrados em sacos plásticos dentro da casa da família, no dia 18 de setembro
As autoridades foram alertadas por um vizinho ‘que percebeu o odor’ vindo residência. Os investigadores acreditam que as vítimas estavam mortas há cerca de um mês. Inicialmente, a Guarda Civil espanhola, equivalente a Polícia Federal brasileira, trabalhava com a tese de ajustes de contas, e que a chacina teria sido cometida por conhecidos. A hipótese foi levantada pelas circunstâncias em que a casa da família estava, sem sinais de arrombamento.
A polícia espanhola avançou nas investigações, descartou a tese de ajustes de contas e, 15 dias após a descoberta dos corpos, deu o caso como encerrado. O único suspeito é François Patrick Nogueira Gouveia, que foi apontado após a polícia achar material genético dele no local do crime.
O sobrinho de Marcos morou com a família na Espanha durante quatro meses. Segundo familiares de Janaína Diz, durante esse período ela relatou por várias vezes fez queixas de Patrick, dizendo que ele era agressivo e assustava a família.“Ela mostrava medo dele. Patrick tinha atitudes grosseiras, principalmente com os filhos de Janaína. Usava frases como ‘joga essa criança no lixo’, ‘essas crianças têm que morrer’”, afirmou Pedro Rafael, primo de Janaína. Além disso, Patrick também é dono de um passado violento, tendo sido apreendido quando era adolescente, no estado do Pará, após tentar matar um professor dentro de sala de aula.
No começo de outubro, a Superintendência da Polícia Federal divulgou que iria abrir um inquérito para investigar Patrick Gouveia no Brasil e afirmou que o mandado de prisão contra o jovem, expedido pela Justiça espanhola, não poderia ser cumprido no Brasil. Destacando ainda que ele não poderia ser extraditado, pois a Constituição Federal veda esse tipo de medida.
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