Sobrinho é apontado como suspeito de chacina de paraibanos na Espanha
O misterioso caso da morte da família de quatro paraibanos na Espanha ganhou um novo capítulo. Pela primeira vez foi apontado um suspeito para o crime, trata-se de um sobrinho de Marcos Nogueira, que morou com as vítimas por quatro meses. O fato foi divulgado pela imprensa espanhola com base em informações de fontes ligadas à investigações. Segundo o jornal ABC, foi inclusive encontrado material genético no chalé onde aconteceu o crime bárbaro .
O sobrinho de Marcos Nogueira é François Patrick Gouveia, de 19 anos. Ele se mudou para a Espanha para tentar a vida como jogador de futebol. O jovem é dono de um passado violento, tendo sido apreendido, aos 16 anos, em 2013, após esfaquear um professor em sala de aula, no Pará. Por decisão da Justiça do Estado do Norte ele cumpriu 45 dias de medida socioeducativa. Em março desse se mudou para a Europa, indo morar com a família do tio na cidade de Torrejón.
“Segundo a minha filha, os pais dele [Patrick] pediram para que Marcos ficasse com ele na Espanha, mas isso veio causar um certo desconforto. Minha filha relatou que ele estava dentro de casa seminu. Segundo ela, ele não gostava muito da menina”, afirmou Wilton Diniz Américo, pai de Janaína Santos Américo, esposa de Marcos, em entrevista ao programa Fantástico neste domingo (2).
“Patrick foi convidado por Marcos para morar na cada dele. Marcos confiava nele, amava ele, queria ele perto”, disse o irmão de Marcos e tio de Patrick, Walfran Campos, que está na Espanha acompanhando as investigações. Para ele, tudo não passa de especulação.
De acordo com a imprensa espanhola, Patrick deixou a Espanha com destino ao Brasil em 22 de agosto, possivelmente para evitar ser detido. “Ele não veio foragido, ele veio normalmente, temendo até pela sua integridade física, pela sua vida”, disse o advogado Eduardo de Araújo Cavalcanti, que está representando o jovem.
A Superintendência da Polícia Federal na Paraíba confirmou que Patrick está no Brasil e que prestou depoimento de forma espontânea na última sexta-feira (30). Mesmo não sendo investigado no Brasil, ele decidiu ceder amostras de sangue para comparar com o suposto material genético encontrado no local da chacina da família .
“Patrick residiu quatro meses com a família, então eventual material nas roupas, em objetos é plenamente compressível. Na cena do crime não há a mínima possibilidade, ele sequer sabia o endereço”, ressaltou Eduardo Cavalcanti. Segundo o advogado, quando a família de Marcos deixou Torrejón com destino a Pioz, onde aconteceram as mortes, Patrick não foi avisado de para onde eles estavam se mudando. O tio teria dito que voltaria para buscar o sobrinho, mas não fez isso.
Apesar de só agora ser tratado como suspeito, essa não é a primeira vez que o nome de Patrick é citado após as mortes. Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, um primo de Janaína já tinha falado no rapaz como peça para ajudar a esclarecer o crime. “Esse sobrinho, de nome Patrick, talvez seja uma pessoa muito importante para ajudar a solucionar o caso”, afirmou Pedro Rafael.
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