Publicado em: 8 jul 2015

Sobram 600 vagas de emprego para deficientes em CG por falta de qualificação

Sobram 600 vagas de emprego para deficientes em Campina por falta de qualificação

Atualmente o mercado de trabalho no município de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, acumula 600 vagas de emprego para pessoas com deficiência e reabilitados, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a presidente da Fundação de Apoio ao Deficiente na Paraíba (Funad), Simone Jordão, as vagas não são preenchidas devido às exigências feitas pelas empresas de profissionais qualificados e experientes.

“Sabemos que a inserção de pessoas com deficiências no mercado de trabalho não é um processo fácil, as empresas disponibilizam vagas e exigem profissionais qualificados. A baixa escolaridade e a falta de qualificação dificultam a entrada dessas pessoas nas vagas”, disse Simone Jordão.

De acordo com a presidente da Funad, a instituição em parceria com o MTE tem realizado um trabalho de qualificação com cursos para os deficientes através da coordenadoria de profissionalização do órgão. Somente no mês de maio, 43 pessoas portadoras de deficiência foram qualificadas através da coordenadoria e inseridas no mercado de trabalho em João Pessoa.

Além de cursos de capacitação, a Funad tem realizado em municípios do estado o “Dia D” de Inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência e dos Beneficiários Reabilitados do INSS. A iniciativa tem a participação da Superintendência Regional do Trabalho, dos Sines e das prefeituras municipais com o objetivo impulsionar a inclusão social e profissional das pessoas com deficiência.

“Estamos nos articulando, a próxima ação do ‘Dia D’ será realizada no município de Mamanguape, onde vamos reunir empresários e a prefeitura local com a finalidade de articular oportunidade de ofertas de trabalho ao público com alguma deficiência daquela localidade”, disse Simone Jordão.

Na última segunda-feira (6), a presidente Dilma Rousseff sancionou na lei que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Segundo o governo, o objetivo da lei é assegurar os direitos das pessoas com deficiência, promover a equiparação de oportunidades, dar autonomia a elas e garantir acessibilidade no país.

A Lei Brasileira de Inclusão cria, por exemplo, o “auxílio-inclusão” que será pago a quem entrar no mercado de trabalho. Também haverá reserva de 10% das vagas em exames de seleção de cursos de ensino superior para pessoas deficiência. As novas regras definem ainda pena criminal de um a três anos por atos de discriminação.

Conforme a presidente da Funad, na Paraíba muitas das propostas de inclusão prevista pelo Estatuto de Pessoa com Deficiência já estão implantadas. “Com o Estatuto, a Funad vai precisar ampliar mais parcerias, mas acreditamos que já estamos trabalhando no caminho certo”, ressaltou.

Com ClickPB



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