Sob forte crise, PT tenta voltar às origens em ano decisivo para sobrevivência do partido
“Ou o PT muda, ou acaba”. Foi com essas palavras que a senadora Marta Suplicy, uma das mais longevas e famosas figuras do partido, definiu a legenda há quase um ano, antes de deixá-la. Durante os 12 primeiros meses do seu quarto mandato presidencial consecutivo, o PT viu parte de sua imagem ser derretida pelo óleo da maior empresa brasileira, a Petrobras, e se encontra diante do desafio de promover mudanças, caso não queira sofrer com mais desfiliações e derrotas eleitorais.
A manutenção do PT no tabuleiro político está condicionada à sua capacidade de superar algumas contradições, evidenciadas ao longo deste ano. A mudança de rumos na política econômica, simbolizada pela convocação do economista ortodoxo Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, derrubou o apoio de alguns movimentos populares, que exigem um posicionamento mais à esquerda. Mesmo após o anúncio de Nelson Barbosa para o lugar de Levy, o governo continua enviando recados de que manterá compromissos com o ajuste e com o cumprimento da meta de superávit fiscal, o que não agrada a sua base social.
Integrantes e apoiadores do partido seguem reivindicando que o PT retorne às raízes que serviram de suporte à sua criação, em 1980. O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, que tem atuado nas mobilizações de rua e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirma manter apoio à legenda mesmo com as críticas à condução da economia. Ele diz, no entanto, que o partido precisa se reaproximar dos movimentos sociais
Com Ig
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