Publicado em: 5 fev 2020

SMS determina fluxo de informações e protocolos de atendimentos para doenças epidemiológicas

Técnicos da Gerência de Vigilância Epidemiológica (VIEP) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reuniram, nesta terça-feira (4), gestores dos serviços da rede municipal para discutir o fluxo e os protocolos de assistências para casos suspeitos ou confirmados de doenças epidemiológicas. A medida preventiva é um alerta principalmente para os novos quadros de doença respiratória causada pelo Coronavírus (2019-nCoV).

“No que diz respeito a assistência em saúde, já temos protocolos e fluxos definidos e trabalhamos essa atualização das informações em todos os serviços, sejam eles públicos ou privados. Os vírus são mutáveis e os atendimentos e cuidados são diferenciados para quadro clínico. Portanto, precisamos manter esse diálogo com a rede de serviço em saúde, principalmente os que atuam com assistência em urgência e emergência”, destacou Daniel Batista, gerente de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

Participaram da reunião a coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192), das Unidades Pronto Atendimentos (UPA), gerência das Vigilâncias Sanitárias e Epidemiológicas, gerências da rede hospitalar, Diretoria de Atenção em Saúde e coordenação dos serviços que atuam como ‘Unidade Sentinela’, com diagnóstico e monitoramento para doenças epidêmicas, a exemplo do H1N1.

“Nesta quarta-feira (5), iremos nos reunir com representantes de hospitais privados e empresas que atuam com remoção de pacientes para discutir diagnóstico, assistência, transferência de pacientes e a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual, que garante a segurança dos profissionais que atuam na assistência”, completou o gerente.

Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), as equipes de Vigilância dos estados e municípios, bem como quaisquer serviços de saúde, devem ficar alerta aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória e que apresentam histórico de viagens para áreas e transmissão local nos últimos 14 dias. 

Dados – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 27 de janeiro foram confirmados 2.798 casos do novo coronavírus no mundo. Destes, 2.761 (98,7%) foram notificados pela China, incluindo as regiões administrativas especiais de Hong Kong (8 casos confirmados), Macau (5 casos confirmados) e Taipei (4 casos confirmados). Fora do território Chinês, foram confirmados 37 casos.

No Brasil, foram 14 casos suspeitos e outros 13 descartados, de acordo com balanço do Ministério da Saúde atualizado nesta segunda-feira (3). As suspeitas foram registradas em: São Paulo (7), Rio Grande do Sul (4), Santa Catarina (2) e Rio de Janeiro (1). Os casos descartados são de São Paulo (3), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (2), Paraná (2) Rio de Janeiro (1), Minas Gerais (1) e Ceará (1).

Coronavírus – É uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os vírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Os sinais e sintomas clínicos da doença são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais são sintomas são febre, tosse e dificuldade para respirar.




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