Seminário em Altamira discute o retorno dos cassinos ao Brasil
Recentemente foi realizado no Pará, o Seminário de Turismo de Altamira, e como tema principal do encontro foi discutido como o esporte, jogos e os cassinos podem potencializar o turismo na cidade e em diversos outros locais do país.
Dentre os nomes que participaram do seminário, um destaque especial vai para Bruno Omori, presidente do IDT-CEMA (Instituto do Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente).
De acordo com o especialista, o turismo mundial está em alta e movimenta anualmente cerca de US$ 8 trilhões. Omori também relatou em sua apresentação, que existe uma demanda cada vez maior por experiências turísticas diferenciadas, seja por pessoas que estão viajando a lazer ou a negócios, e um bom exemplo levando em consideração a cidade de Altamira, no Pará, seria um roteiro que explorasse o Rio Xingu e a floresta amazônica.
Para Omori, para que uma empreitada nesse sentido funcione, é preciso não só atender a necessidade dos viajantes, como também seguir o exemplo de algumas companhias, como a Disney e Apple, que conseguiram gerar a demanda do público. Para ele, é necessário o desenvolvimento de experiências únicas e atrativas, que no caso de Altamira são possíveis ao unir a vivência indígena, com a gastronomia local, aventura pela floresta, pesca esportiva, cultura e sustentabilidade.
O especialista também defende que com a aprovação da lei que regulamenta a atuação dos cassinos no Brasil, o país poderá angariar investimentos internacionais que podem chegar na casa dos US$ 70 bilhões. E em um estado com as dimensões do Pará, ao menos um cassino integrado a resort e dois cassinos turísticos poderiam operar.
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Potencialização do turismo
Durante sua palestra, Omori apontou que o retorno dos cassinos ao Brasil fomentará a economia, já que além de propiciar a criação de postos de trabalho, o Estado poderá angariar uma boa quantia com a tributação do setor, e a expectativa é de que 10% dos valores arrecadados com a taxação sejam destinados para o esporte e 12% para o turismo.
Como exemplo do sucesso, o especialista citou o caso de Las Vegas, que atualmente conta com a maior oferta hoteleira do mundo, e a jogatina representa 45% do Produto Interno Bruto da cidade, já os 55% restantes são referente a setores associados, como gastronomia, shows artísticos, eventos esportivos, compras e conferências de inúmeros segmentos.
Enquanto isso, Claudorimo Gomes, prefeito de Altamira, destacou que com a regulamentação dos cassinos, a cidade poderia abrigar um cassino turístico ou um bingo, que seriam de extrema importância para fomentar o turismo na região.
Até R$ 20 bilhões
No mês passado, o ministro do Turismo, Celso Sabino, esteve na Câmara dos Deputados, para apresentar aos parlamentares as pautas que ele considerava mais relevantes para a pasta que comanda. E dentre estas, uma que chegou a atenção é o retorno das operações dos cassinos no país.
“Após a aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 442/91, em fevereiro de 2022, esse projeto foi encaminhado ao Senado para retomar e finalizar o debate sobre a regulação dos cassinos e de outros jogos no Brasil. A tendência é que o Ministério do Turismo, com os debates prontos sobre o tema, forneça mais elementos e mais material para que o Senado trate desse assunto e elenque uma eventual aprovação do projeto de lei” explica o advogado especialista em Direito de Jogos, Filipe Senna.
De acordo cordo com o especialista, com a regulamentação dos cassinos no país, existe a previsão de que 650 mil postos de trabalho sejam criados, além de uma arrecadação anual que pode alcançar os R$ 20 bilhões
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