Publicado em: 8 nov 2014

Secretário de Segurança critica juiz que soltou quadrilha presa por assaltos

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O secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, desabafou hoje em seu Facebook depois de tomar conhecimento de uma decisão judicial que autorizou a liberdade de um grupo preso ontem sob acusação de realizar roubos especializados a lojas de departamentos. A detenção das cinco pessoas se deu em uma operação deflagrada por policiais da Unidade de Polícia Solidária (UPS) do Geisel, ligados ao 5º Batalhão da Polícia Militar. Os cinco homens presos são suspeitos de investir contra, pelo menos, três estabelecimentos comerciais na Capital. Com o grupo também foram apreendidos um carro, arma, munição, dinheiro e ferramentas.

Hoje, um juiz do Fórum de Mangabeira autorizou a soltura dos cinco acusados e a sentença gerou revolta no secretário de Segurança da Paraíba. Confira o desabafo de Cláudio Lima, publicado em seu perfil no Facebook:

“Mais uma ação da Polícia jogada pelo ralo! A Polícia prendeu em João Pessoa uma quadrilha interestadual especializada em grandes roubos e furtos qualificados, mas para surpresa de toda a sociedade, um Juiz do Fórum de Mangabeira concedeu Alvará de soltura para os criminosos, hoje, 07.11.2014. Um dos bandidos solto pelo “alvará relâmpago” é Júlio César da Silva França, assaltante de Banco do Mato Grosso, com uma ficha criminal recheada de grandes ações delituosas, Cf. consulta no sítio do TJ/MT. Agora vem a pergunta: será que as polícias vão pagar mais essa fatura?? Até quando a sociedade ficará refém desses criminosos que agem livremente com o aval de decisões judiciais incautas?”.

O sargento Fábio Luiz da Silva, que liderou a guarnição da UPS do Geisel, disse que já havia suspeita da atuação do grupo na região. “Essa operação é fruto de nossas rondas feitas durante a madrugada. Já suspeitávamos que havia planejamento desse crime por aqui. Recebemos uma denúncia pela Linha Direta Solidária, revelando que um grupo estava arrombando o Armazém Paraíba do bairro. Então, fomos até lá”, explicou.

Ainda de acordo com o sargento Fábio, um policial que estava de folga e passou pelo local do crime conseguiu deter um dos homens antes mesmo da guarnição da PM chegar. Ele foi identificado como Higor Geovane Soares de Queiroz, de 23 anos. Outro integrante do grupo (Josevaldo Gomes da Silva Júnior, 20) tentou se livrar da prisão e invadiu uma casa no Geisel, mas foi capturado. Os demais comparsas fugiram.

Já presos, os dois homens receberam ligação dos demais integrantes do grupo, que tentaram, por telefone, subornar os policiais, oferecendo R$ 7 mil. Depois de fingirem entrar em acordo com os acusados, os militares conseguiram chegar até um apartamento no bairro do Bessa, onde deram voz de prisão a mais três envolvidos. Essa segunda fase da operação contou com o apoio do 1º Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp) de Manaíra. Todos os membros da quadrilha foram levados para a Central de Polícia.

Os primeiros levantamentos da Polícia Civil apontaram que o “cabeça” do grupo seria Júlio César da Silva, de 25 anos, natural de Cuiabá (MT). Ele teria pedido apoio ao paraibano Carlos Henrique Cunha da Silva, 26, para executar o assalto à loja Armazém Paraíba, no bairro do Geisel. Esses dois homens, além de João Batista Santos da Cunha, 56, foram flagrados no apartamento alugado pelo grupo no Bessa.

Antecedentes criminais por roubo, tráfico e sequestro – Com exceção de Higor Geovane, que mora no Geisel, e Josevaldo Gomes, residente em Jaguaribe, os demais integrantes presos no apartamento do Bessa têm antecedentes criminais.

Carlos Cunha, por exemplo, responde a processo por tráfico de drogas, cometido em 2013; a assalto, em 2011; e a crime de trânsito, em 2012. Já Júlio César, natural de Cuibá, é acusado de roubo qualificado, uso de arma de fogo, associação criminosa e sequestro-relâmpago. Enquanto isso, João Batista está respondendo a um inquérito policial cujo conteúdo ainda não foi detalhado pela Polícia Civil.

Apreensão – Com os suspeitos, a polícia apreendeu um veículo Ecosport, de placas DLL-5442, três celulares, além de um revólver de calibre 38 milímetros e cinco munições. Dentro do Armazém Paraíba, onde ocorreu o arrombamento, e no prédio do Bessa, os militares também encontraram chave de fenda, pé-de-cabra, lanterna e alicate. Também foram recolhidos pelos policiais militares R$ 7,6 mil, em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100.

 

Portal do Litoral 

Com ParlamentoPB




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