Publicado em: 13 jan 2025

Secretaria de Estado da Saúde (SES) apresenta solução para crise oncológica no Hospital da FAP, em Campina Grande

O Governo do Estado vem estudando soluções para amparar os pacientes do Hospital da FAP, em Campina Grande. A unidade atende mais de 160 municípios, têm enfrentado dificuldades para a realização de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em virtude de uma série de questões referentes à administração dos repasses realizados pelo Ministério da Saúde. Nesta segunda (13), o secretário de estado da Saúde, Ari Reis, o superintendente da PB Saúde, Jhony Bezerra e a representante dos usuários da FAP, Raquel Brito, estiveram reunidos em busca de soluções para amparar os pacientes em tratamento que dependem dos serviços.

O superintendente da PB Saúde destacou os esforços do Governo da Paraíba para que os pacientes sejam amparados pela gestão dupla entre estado e os municípios, para ampliar a assistência aos usuários de serviços de oncologia. “Estamos hoje em busca de soluções para que os pacientes não fiquem sem o devido amparo. Essa é uma preocupação do Governador João Azevêdo, que e da própria secretaria de saúde que está conosco hoje para que possamos acolher e dar tratativas para que a população oncológica de Campina Grande municípios referenciados siga com seus tratamentos e cirurgias”, enfatizou Jhony Bezerra.

O Hospital da FAP é referência em oncologia para a segunda Macrorregião de Saúde e vem enfrentando problemas na execução dos serviços desde o final de 2024. O secretário de saúde o Estado, Ari Reis, enfatizou que a SES é coordenadora da política de saúde em âmbito estadual e tem por obrigação pedir apuração sobre o caso e intervir para dar o suporte necessário cabível. “Nós temos por obrigação neste momento de crise pedir a apuração sobre o caso e dar as devidas respostas. A SES atualmente possui um convênio com a FAP no valor de R$ 5 milhões anuais e, por ordem do Governador, nós estamos tomando as medidas para antecipar as parcelas para dar o suporte financeiro neste momento de crise”. Frisou o secretário.

Ainda de acordo com o secretário, o momento foi oportuno para discutir a gestão dupla do SUS no Hospital da FAP. “Hoje a gestão é plena, feita pelo município, e que precisa sim ser compartilhada, para que em um momento de crise como este o estado tenha robustez para dar o suporte necessário aos municípios, em caso e atrasos de parcelas dos recursos federais. Precisamos dar a certeza do atendimento ao paciente com câncer. É preciso garantir o direito de luta de quem tem câncer aqui na Paraíba”, finalizou.

A unidade segue enfrentando dificuldades devido ao envio de recursos do Ministério da Saúde, provenientes do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC), referentes ao mês de outubro. A situação vem sendo acompanhada também pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), em busca de alternativas que impeçam a suspensão dos atendimentos para a população.

A representante dos pacientes, Raquel Brito, enfatizou a importância desta interveção em busca de manter o atendimento, uma vez que o os pacientes já se sentem fragilizados com o diagnóstico e com a necessidade de rapidez no tratamento. “Eu, enquanto usuária sou impactada diretamente e espero que a gente possa articular para que essa crise seja sanada e não seja normalizada. Nós pacientes, a gente já sofre com tantas outras fragilidades que não dá para ficar com esse tipo de insegurança”, destacou.

Hoje o Estado conta com o Programa Paraíba Contra o Câncer, desenvolvido pelo Governo da Paraíba para promover o acesso de pacientes oncológicos a exames, estadiamento, diagnóstico e tratamento do câncer. O acesso realizado por Teleoncologia, em funcionamento desde maio em todo o estado. O agendamento para realização de procedimentos, exames e encaminhamento é gerido pelo Complexo Regulador Estadual, que organiza uma fila única para o acolhimento dos pacientes. As equipes especializadas, compostas por oncologistas clínicos e enfermeiros navegadores, coordenam o atendimento desde o ingresso no Programa até a realização dos exames necessários para diagnóstico, estadiamento e tratamento.




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