Saneamento: João Pessoa e Campina Grande estão entre as cinco melhores cidades do Nordeste
João Pessoa e Campina Grande estão entre as cinco melhores cidades do Nordeste no quesito saneamento básico. O Instituto Trata Brasil divulgou o mais recente ranking de saneamento entre as 100 maiores cidades brasileiras. E, mais uma vez, Campina e João Pessoa obtiveram destaque. No ranking anterior, Campina ocupava a primeira posição dentre todas as cidades nordestinas pesquisadas e agora ficou em 4º, atrás de Fortaleza (CE) e Vitória da Conquista e Salvador na Bahia. João Pessoa ocupa agora a 5ª posição no Nordeste, antes era a sexta.
Já no ranking nacional, houve queda em comparação com o ranking anterior. No estudo divulgado em 2012 com os dados referentes ao ano de 2009, Campina Grande era o 24º município do ranking e João Pessoa ocupava a 44ª posição. Já no ranking divulgado nesta terça-feira, e referente até o ano de 2010, Campina Grande caiu para a 47ª e a capital para a 52ª colocação.
O estudo exclusivo do Instituto Trata Brasil, “Ranking do Saneamento”, é uma avaliação dos serviços de saneamento básico prestados nas 100 maiores cidades do País. O estudo revela a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros destas cidades.
A base de dados consultada foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado anualmente pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços nessas cidades. Os dados consultados são de 2010.
Importância para a saúde pública
O Trata Brasil alerta que por ano, 217 mil trabalhadores precisam se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta de saneamento. A cada afastamento perdem-se 17 horas de trabalho. A probabilidade de uma pessoa com acesso a rede de esgoto faltar as suas atividades normais por diarreia é 19,2% menor que uma pessoa que não tem acesso à rede.
Considerando o valor médio da hora de trabalho no País de R$ 5,70 e apenas os afastamentos provocados apenas pela falta de saneamento básico, os custos chegam a R$ 238 milhões por ano em horas-pagas e não trabalhadas.
De acordo com o DATASUS, em 2009, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital. Cada internação custa, em média R$ 350. Com o acesso universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e de 65% na mortalidade, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Já a diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso ao saneamento básico é de 18%.
O Trata Brasil informou que ao ter acesso à rede de esgoto, um trabalhador aumenta a sua produtividade em 13,3%, permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção. Com a universalização do acesso a rede de esgoto, a estimativa é que a massa de salários, que hoje gira em torno de R$ 1,1 trilhão, se eleve em 3,8%, provocando um aumento na renda de R$ 41,5 bilhões por ano, e ainda pode proporcionar uma valorização média de até 18% no valor dos imóveis.
tambau247
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