Saiba quem é Renato Cariani, alvo de operação da PF contra tráfico de drogas
Alvo de uma operação da Polícia Federal contra o tráfico de drogas nesta terça-feira, Renato Cariani, de 47 anos, é um dos maiores influenciadores fitness do Brasil. Suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para produção de crack, ele tem mais de 7,3 milhões de seguidores no Instagram e outros 6,3 milhões de seguidores no YouTube. Em seus perfis, ele tem fotos com famosos que contratam suas consultorias.
Como é o curso oferecido por Renato Cariani?
No curso oferecido por Cariani há aulas de nutrição, musculação, cozinha fácil, investimento do zero, mente sob controle, inglês e como criar um canal de YouTube. Os planos oferecidos são a partir de R$ 358,80 por ano, a R$ 598,80 anuais.
As redes sociais de Cariani tem fotos com nomes famosos, como cantor Mc Daniel, o apresentador Danilo Gentili, o youtuber Sergio Sacani e o ex-lutador de MMA Anderson Silva.
Do bullying ao fisiculturismo
Cariani afirma que ser vítima de bullying na infância serviu como motivação para entrar no mundo fitness. Ele se tornou fisiculturista em 2020 e passou a ganhar competições em eventos do Brasil e do exterior.
O esportista e empresário se apresenta como “professor de química” em seu perfil no Instagram. Ele tem formação em Química, Administração de Empresa e Educação Física. E considera que seus três cursos acadêmicos ajudaram no seu sucesso como influenciador fitness.
Produtos químicos desviados
A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta terça-feira (12), a Operação Hinsberg contra o tráfico de drogas e desvio de um produto químico usado na produção de crack. Segundo os investigadores, o principal alvo é a empresa Anidrol, uma indústria química que fica em Diadema, na grande São Paulo, e tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani.
A mansão do fisiculturista foi um dos endereços onde os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão. Os investigadores apreenderam, no local, uma alta quantidade de dinheiro, junto com outros produtos. A operação foi realizada pela PF em conjunto com a Receita Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de São Paulo.
“As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras”, informou a PF.
Até o momento, foram identificadas 60 transações vinculadas à organização criminosa — totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila). Além disso, os envolvidos teriam usado outras metodologias, segundo a PF, para ocultar os valores ilícitos recebidos, com uso de pessoas interpostas e empresas fictícias.
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