Revoltado prefeito de Bananeiras abandona eleição do PPS e Nonato é eleito presidente
O processo para escolha do novo presidente do Partido Popular Socialista (PPS) da Paraíba foi marcado por brigas entre os grupos liderados pela deputada estadual Gilma Germano e pelo vice-prefeito de João Pessoa Nonato Bandeira. O Congresso Estadual realizado nesta sexta-feira (08), na Capital, não foi diferente. O candidato a presidência, prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena, desistiu da disputa e anunciou que deixará o partido. Com quórum mínimo, Nonato Bandeira foi eleito para o biênio 2013/2015.
Para Douglas Lucena, o grupo de Nonato aplicou um golpe no PPS. Segundo ele, a comissão provisória, formada pela Direção Nacional, escolheu quatro membros da ala de Nonato, um da Nacional e apenas dois do grupo de Gilma Germano. Ele explicou ainda que foi essa comissão que determinou quem teria direito a voto para escolha do novo Diretório Estadual.
“Se definiu o partido em função da comissão organizadora pela Nacional. A comissão conta com um da Nacional e quatro da ala de Nonato e essa comissão foi quem decidiu quem vai votar ou não, então, foi um golpe. Nenhum dos Diretórios ligados a nós vai poder votar, nós temos aqui apenas treze Diretórios que irão representar o partido da Paraíba inteira, então isso é uma sub-representação e não podemos aceitar isso”, contestou.
Para Nonato Bandeira, existia no PPS sub-representação antes da formação da comissão e no comando a ex-presidente Gilma Germano. Ele lamentou que o candidato Douglas Lucena tenha deixado a eleição antes da votação.
“A única coisa que eu concordo com a outra chapa é sub-representação no partido, que existia há algum tempo. Esse congresso é o reflexo do descaso e da subserviência que o partido passou tanto tempo ao PSB. O Congresso foi feito dentro da legalidade, atingindo quórum mínimo. A Direção Nacional disse que estava dentro da legalidade. Eu lamentei a falta de democracia deles se retirarem quando perceberam que a derrota era eminente”, criticou Nonato.
Mesmo classificando a eleição como uma ‘manobra política’ encabeçada por Nonato Bandeira, Gilma Germana declarou que irá permanecer no PPS.
Portal do Litoral PB com Ecliton Monteiro
Disputa na Justiça
A realização do Congresso Estadual do PPS foi ameaçada devido a um recurso impetrado pelo grupo liderado pela deputada Gilma Germano, que pedia a nulidade do Congresso Municipal de João Pessoa. Com a eleição anulada o Congresso Estadual não poderia ser realizado, já que os 29 delegados a que têm direito a voto deveriam ser escolhidos novamente.
A ação foi rejeitada pelo desembargador José Ricardo Porto. Com a decisão do desembargador, não apenas a representação de João Pessoa está mantida como o próprio Congresso estadual do partido.
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