Publicado em: 8 set 2014

PPS protocola pedido de acesso ao depoimento de ex-diretor da Petrobras

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O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou nesta segunda-feira (8), por meio de assessores, requerimento pedindo que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias contra a Petrobras solicite acesso “imediato” ao conteúdo dos depoimentos de delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.

O parlamentar oposicionista também reivindicou que o colegiado realize uma reunião de emergência para discutir as denúncias de que o ex-dirigente delatou dezenas de senadores e deputados federais de três partidos (PT, PMDB e PP), governadores e um ministro como beneficiários de um esquema de pagamento de propinas oriundas de contratos com fornecedores da petroleira.

“Constata-se a urgência em darmos encaminhamento diferente aos nossos trabalhos da CPMI, uma vez que, a partir de agora, já não trabalhamos mais com hipóteses ou evidências, mas com testemunho que aponta fatos concretos e decisivos para desvendar o esquema de mecanismos clandestinos que funcionavam na Petrobras”, diz comunicado divulgado pela assessoria de Bueno.

Reportagem da edição deste fim de semana da revista “Veja” afirma, sem dar detalhes ou apresentar documentos, que Paulo Roberto Costa revelou em depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que três governadores, seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais foram beneficiados com as propinas.

Segundo a publicação, Costa citou, entre outros políticos, os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Os políticos mencionados na reportagem negam envolvimento no esquema de pagamento de propina na Petrobras.

Outras ações da oposição

No último sábado, o deputado Mendonça Filho (PE), líder da bancada do DEM, disse ao G1 que havia requisitado à assessoria jurídica do partido uma avaliação de medidas a serem tomadas diante das novas suspeitas envolvendo a Petrobras. Segundo o deputado, o caso poderá ser discutido pela CPMI já na próxima quarta-feira (10), quando está prevista uma reunião do colegiado para ouvir o depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da petroleira. A comissão investiga principalmente supostas irregularidades na operação de compra pela estatal da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

O deputado Fernando Francischini (PR), líder do Solidariedade, também defendeu no sábado que a CPI reivindique acesso aos depoimentos de Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal. Na avaliação do parlamentar, o material de Costa pode mudar os rumos da comissão parlamentar.

O coordenador jurídico da campanha de Aécio Neves, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), informou por meio de nota no final de semana que, na quarta-feira, apresentará na sessão da CPI mista um requerimento para seja marcado um depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras e outro para que as informações obtidas pela Polícia Federal sejam compartilhadas com os parlamentares.

Portal do Litoral PB

Com G1 




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