Políticos também estariam atuando com tráfico de drogas para burlar programa habitacional em João Pessoa

Políticos também estariam atuando junto as facções criminosas de João Pessoa para burlar um programa habitacional da prefeitura da capital. A informação foi detalhada pelo promotor Octávio Paulo Neto à imprensa, na manhã desta quinta-feira (06). Como trouxe o ClickPB, a operação incoerência investiga a utilização de ações fraudulentas para assim expandir o tráfico em diversas regiões de João Pessoa.

“O que é mais grave aí é que os faccionados têm expropriados as pessoas que têm o direito a moradia para se servirem dele, para se capitalizarem e monetizarem esses direitos e isso muitas vezes com apoios dos agentes públicos e também políticos”, explicou o promotor. Anteriormente, como trouxe o ClickPB, já havia sido detalhado que agentes públicos estavam sendo apontados como ‘parceiros’ do crime nas ações.

Ao todo, hoje foram cumpridos 62 mandados, sendo a maioria deles na comunidade Tito Silva, no bairro de Miramar.

Sobre a operação incoerência: 

O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, promotor Octávio Paulo Neto, detalhou na manhã desta quinta-feira (06) que uma possível ligação entre agentes públicos e o crime organizado também está sendo investigada na operação ‘incoerência, realizada pelo Gaeco e Polícia Militar da Paraíba desde as primeiras horas de hoje.

O promotor explicou que facções criminosas estavam se apropriando de casas e moradias de pessoas da comunidade Tito Silva para poder se habilitar em programas sociais da prefeitura de João Pessoa e obter o domínio dos locais. De acordo com Octávio, ao longo das investigações foi observado que alguns agentes públicos estariam compondo tais estruturas.

“A gente tem visto que alguns agentes públicos compõem essas estruturas. São várias áreas hoje no município de João Pessoa que estão sendo invadidas sobre o manto de ‘organizações de cunho social’, que de social não tem absolutamente nada, elas têm na verdade pontos de ligação com as facções e em cima desse manto tentam desenvolver ou tentam solidificar a sua atividade”, detalhou.

ClickPB

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