Policial foi torturado por quatro dias e teve dentes arrancados antes de ser executado em SP
O soldado Rodrigo de Lucca da Fonseca, de 28 anos, que foi encontrado morto nesta terça-feira (24) em Suzano, sofreu tortura física enquanto ficou em poder dos criminosos. Ele estava desaparecido desde sexta-feira (20).
O policial levou cinco tiros: na perna, no braço, no rosto, na cabeça e no peito. Foram retirados dois projéteis de uma arma calibre 38 do corpo dele. Outros projéteis de arma .40, semelhante à do policial, foram encontrados próximos ao corpo. Há suspeita de que a vítima tenha sido morta com as duas armas. A pistola do PM continua desaparecida.
O delegado da seccional de Mogi das Cruzes Marcos Batalha afirmou, em coletiva de imprensa concedida na tarde desta quarta-feira (25), que os suspeitos fizeram duas compras em lojas de departamento com o cartão de crédito do PM, que totalizaram cerca de R$ 400. A polícia divulgou imagens de câmeras de segurança que flagaram o momento em que dois suspeitos pagavam os produtos, porém nenhum deles foi identificado até o momento.
— Acredito que os criminosos tenham usado o cartão de crédito da vítima por terem a sensação de impunidade.
Segundo Batalha, a polícia trabalha com duas linhas de investigação. A principal delas indica que os criminosos tinham a intenção fazer um sequestro-relâmpago, mas decidiram manter Fonseca em cárecer privado quando perceberam que ele era policial militar. Um agasalho e uma calça da corporação estavam dentro do carro.
Outra hipótese é de vingança. Fonseca participou de várias apreensões de armas e drogas desde que entrou na PM, em 2010. Por isso, alguém que o PM ajudou a prender pode ter encomendado ou cometido o crime.
O policial teria ficado no cativeiro sexta-feira, sábado e domingo. A polícia acredita que ele tenha sido morto entre 20 e 28 horas antes de o corpo ter sido encontrado, por volta das 10h30 de terça-feira. Ainda não foi esclarecido se Foncesa foi morto no local onde foi encontrado ou se foi apenas desovado no terreno baldio. Para a polícia, desvendar o crime é uma “questão de honra”.
— Os criminosos não têm medo da polícia e sabem que têm inúmeros benefícios dados pela Justiça. Este caso é ponto de honra para prender os criminosos, tanto para a polícia quanto para a sociedade.
A família de Fonseca está recebendo apoio psicológico do 17º Batalhão, onde ele trabalhava. Todo dia um policial de lá vai até a casa da família para saber como eles estão e se precisam de algo.
A investigação do caso está sendo feita em conjunto com a Seccional de Mogi das Cruzes e com o Coronel Nelso Celegratto, do CPA/M12, que é o comando de policiamento da região.
Amigos do policial estão revoltados, pois o jovem era uma boa pessoa. “Todos os dentes dele estavam quebrados e ficou 4 dias sendo torturado”, revelou um PM amigo.
Portal do Litoral PB
Com R7
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