Publicado em: 15 mar 2019

Polícia pede apreensão de terceiro jovem suspeito de planejar massacre em Suzano

A Polícia Civil de São Paulo pediu nesta quinta-feira a apreensão de um adolescente de 17 anos suspeito de participar do planejamento do massacre na escola estadual Raul Brasil em Suzano (SP). Segundo o delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, a polícia espera uma decisão do Juízo da Infância e da Juventude a qualquer momento.

— Existe outra pessoa que teria participado do planejamento mas não podemos dar mais informações — disse Fontes.

Perfil dos assassinos

Policiais civis e peritos da Polícia Técnico-Científica foram as casas dos assassinos, que eram amigos de infância e moravam a pouco mais de 1 quilômetro de distância do colégio. Guilherme foi criado pela avó, que morreu há cerca de três meses. Luiz vivia com os pais, um irmão mais velho e o avô. Ele era jardineiro e trabalhava na Zona Leste de São Paulo.

Armas

A polícia já sabe que o revólver calibre 38 usado na chacina estava com a numeração raspada, o que indica a possibilidade de ele ter sido obtido com algum outro criminoso. Um machado, uma besta, espécie de arco e flecha, e bombas caseiras também estavam com a dupla.

Um dos amigos dos criminosos foi ouvido pela polícia na noite de quarta e contou que soube da intenção da dupla em fazer o atentado. Só não sabia quando seria.

Os investigadores já ouviram 20 pessoas no total, entre pessoas próximas aos assassinos e vítimas deles.

‘Deep web’

Computadores usados pelos dois criminosos foram apreendidos pela polícia. Segundo investigadores, eles acessaram a “deep web” e buscaram informações sobre massacres cometidos em escolas americanas. Além disso, foram recolhidos cadernos com anotações deixados por eles no carro alugado e usado no crime.

“Muito obrigado pelos conselhos e orientações… esperamos não cometer esse ato em vão”, teria escrito um dos assassinos dois dias antes do massacre em Suzano, no fórum Dogolachan na “deep web”.

Smanio designou o promotor Rafael Ribeiro do Val e membros do Gaeco para apurarem se alguma organização criminosa colaborou para “eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios”. O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo




Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...