Polícia pede apreensão de terceiro jovem suspeito de planejar massacre em Suzano
A Polícia Civil de São Paulo pediu nesta quinta-feira a apreensão de um adolescente de 17 anos suspeito de participar do planejamento do massacre na escola estadual Raul Brasil em Suzano (SP). Segundo o delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, a polícia espera uma decisão do Juízo da Infância e da Juventude a qualquer momento.
— Existe outra pessoa que teria participado do planejamento mas não podemos dar mais informações — disse Fontes.
Perfil dos assassinos
Policiais civis e peritos da Polícia Técnico-Científica foram as casas dos assassinos, que eram amigos de infância e moravam a pouco mais de 1 quilômetro de distância do colégio. Guilherme foi criado pela avó, que morreu há cerca de três meses. Luiz vivia com os pais, um irmão mais velho e o avô. Ele era jardineiro e trabalhava na Zona Leste de São Paulo.
Armas
A polícia já sabe que o revólver calibre 38 usado na chacina estava com a numeração raspada, o que indica a possibilidade de ele ter sido obtido com algum outro criminoso. Um machado, uma besta, espécie de arco e flecha, e bombas caseiras também estavam com a dupla.
Um dos amigos dos criminosos foi ouvido pela polícia na noite de quarta e contou que soube da intenção da dupla em fazer o atentado. Só não sabia quando seria.
Os investigadores já ouviram 20 pessoas no total, entre pessoas próximas aos assassinos e vítimas deles.
‘Deep web’
Computadores usados pelos dois criminosos foram apreendidos pela polícia. Segundo investigadores, eles acessaram a “deep web” e buscaram informações sobre massacres cometidos em escolas americanas. Além disso, foram recolhidos cadernos com anotações deixados por eles no carro alugado e usado no crime.
“Muito obrigado pelos conselhos e orientações… esperamos não cometer esse ato em vão”, teria escrito um dos assassinos dois dias antes do massacre em Suzano, no fórum Dogolachan na “deep web”.
Smanio designou o promotor Rafael Ribeiro do Val e membros do Gaeco para apurarem se alguma organização criminosa colaborou para “eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios”. O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo
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