Polícia Civil realiza nova perícia na casa da diarista assassinada em João Pessoa
A Polícia Civil voltou à casa onde a diarista Cristina Oliveira de Albuquerque, de 53 anos, foi brutalmente assassinada. A vítima foi encontrada sem vida, com sinais de violência, na comunidade do Patrícia Tomaz, região de Mangabeira, em João Pessoa, na última semana. A família busca por justiça para o crime, cujo principal suspeito é o ex-companheiro de Cristina, com quem ela manteve um relacionamento conturbado durante cerca de 15 anos.
Segundo informações da polícia, Cristina havia desaparecido na quinta-feira passada, gerando preocupação entre os familiares, que tentaram contato diversas vezes sem sucesso. No domingo (10), parentes decidiram ir até sua residência. Ao chegar ao local, notaram que a casa estava completamente fechada e sem sinais de movimentação. Preocupados, os familiares arrombaram uma parte do telhado e, olhando para o interior, observaram manchas de sangue, levando-os a chamar o proprietário e a polícia.
No local, a cena encontrada pela Polícia Civil foi descrita como uma verdadeira cena de horror: marcas de sangue por toda a casa indicavam uma possível luta corporal, sugerindo que Cristina teria tentado se defender de seu agressor. O corpo foi encontrado em um estado que deixou a família devastada.
Descoberta de evidências e novas perícias
Após o impacto inicial, nesta quinta-feira (14), a família de Cristina finalmente reuniu forças para retornar à casa e realizar a limpeza do ambiente. No entanto, durante a arrumação, um novo elemento perturbador foi encontrado: uma faca suja de sangue, enrolada em um pano e escondida no banheiro da residência. Esse detalhe reacendeu as suspeitas sobre o crime, levando a Polícia Científica a realizar uma nova perícia no local.
O objeto, que possivelmente foi usado como a arma do crime, tornou-se uma peça central na investigação. A delegada responsável pelo caso foi imediatamente acionada pela família ao saber da descoberta. A faca será analisada em busca de mais evidências que comprovem sua ligação com o assassinato.
A mensagem perturbadora no espelho
Além da faca, outro detalhe deixou a família de Cristina ainda mais abalada. Uma parente da vítima encontrou uma mensagem escrita com batom em um dos espelhos da casa, onde se lia: “Vai morrer” seguido de um insulto. Acredita-se que a mensagem foi deixada pelo suspeito, em um momento de ódio, antes de cometer o crime. O recado, em tom ameaçador e premeditado, sugere que o autor nutria uma intenção de cometer o crime.
Esse detalhe sombrio levou a polícia a analisar o contexto do relacionamento entre Cristina e seu ex-companheiro. Conforme relatos da família, o relacionamento, que durou aproximadamente 15 anos, passou por fases de grande tensão, culminando em ameaças diretas e agressões verbais. A parente, que não foi identificada, relatou que todos ao redor percebiam a malícia no olhar do suspeito, mas que Cristina, acreditando que ele não teria coragem de prejudicá-la, ignorava os sinais de perigo.
Medo e insegurança da família
Desde o crime, a família de Cristina revelou que vive em constante medo, temendo que o suspeito, familiarizado com a rotina de cada parente, tente fazer algo contra eles. A última informação sobre o paradeiro do homem aponta que ele foi visto saindo da casa na manhã de sexta-feira (8), o que coincide com o período em que Cristina deixou de responder às ligações da família.
Uma das filhas de Cristina expressou o sofrimento vivido pela família ao entrar na casa para limpar o sangue da mãe e reviver toda a cena. Para ela, o impacto emocional foi avassalador, especialmente ao encontrar a arma usada no assassinato. A jovem relembrou que sua mãe tinha um coração bondoso e nunca acreditou que o ex-companheiro seria capaz de cometer um ato tão brutal.
A família, abalada, faz um apelo para que a justiça seja feita e que o suspeito seja preso. “Queremos paz e justiça para minha mãe. Esse homem precisa pagar pelo que fez,” desabafou a filha.
Investigação e expectativas por justiça
A Polícia Civil continua as investigações e está realizando novos exames para coletar mais provas que possam levar à prisão do suspeito. A delegada afirmou que o caso seguirá com prioridade, dadas as circunstâncias de violência e o risco iminente que a família enfrenta.
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