PMs são presos após serem flagrados arrastando vítima de bala perdida por 250 metros; veja
A Polícia Militar do Rio determinou nesta segunda-feira (17) a prisão de três policiais apontados como responsáveis por arrastar por 250 metros a auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, 38, que, baleada, ficou pendurada na traseira do carro policial após ser socorrida e levada para o hospital.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, Cláudia Ferreira já chegou morta à unidade. Os policiais são do 9º BPM (Rocha Miranda).
Mãe de quatro filhos, casada com um vigilante, Cláudia saiu de casa, na manhã de domingo (16), para comprar pão. No caminho até a padaria, ela foi surpreendida por uma troca de tiros entre policiais e traficantes da comunidade onde morava, o morro da Congonha, em Madureira.
“Trataram ela como um bicho. Nem o pior traficante do mundo deveria ser tratado assim”, disse o vigia Alexandre da Silva, 41, marido de Claudia Ferreira.
A Polícia Militar informou que a mulher foi encontrada baleada. Ela levou um tiro no pescoço e outro nas costas. Dois subtenentes e um soldado resgataram a mulher na rua Joana Resende e a colocaram dentro do porta-malas do carro policial. No caminho para o hospital Carlos Chagas, o porta-malas abriu e o corpo da mulher foi arrastado. Segundo nota da própria PM, “causando mais ferimentos à vítima”.
Pedestres e motoristas alertaram os policiais que só pararam o veículo em um semáforo. Uma perícia foi feita no veículo pelo Centro de Criminalística da PM. O caso está sendo investigado pela 29ª DP (Madureira) e pela Corregedoria da PM.
Em nota, o comando da Polícia Militar esclareceu “que este tipo de conduta não condiz com um dos principais valores da corporação, que é a preservação da vida e dignidade humana”.
Após a morte da moradora, uma manifestação foi realizada na região e chegou a fechar as duas pistas da avenida Ministro Edgar Romero, em Madureira.
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Portal do Litoral PB com Folha de São Paulo
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