Publicado em: 24 mar 2015

Paradoxo na educação brasileira

A educação brasileira está vivendo uma crise de gestão logo no momento que a nossa presidenta Dilma define a educação como lema do governo: “Brasil, pátria educadora”. Esse fato se dá pelo saída do Ministro da Educação, Cid Gomes. Em apenas 3 meses a frente do Ministério da Educação, Cid Gomes passou por uma série de polêmicas.

A polêmica envolvendo as mudanças nas regras de acesso ao FIES  causou  relações tensas com os estudantes e as instituições de ensino privados. Mesmo as portarias com as alterações serem publicadas na gestão anterior,  de Henrique Paim, mas seus desdobramentos ocorreram na gestão de Cid Gomes. Sem contar com a chuva de reclamações dos estudantes sobre a dificuldade de acesso e instabilidade do site do FIES.

Segundo, foi a vez do Pronatec ser alvo de criticas, um dos carros-chefes do  Governo Dilma. Depois do jornal Folha de S. Paulo  publicar a notícia que escolas privadas estão sem receber o repasse do governo desde 2014.

Outra mudança desejada por Cid Gomes foi deixada para trás, ou pelo menos será adiada, a de adotar uma versão eletrônica do Enem. Além da criação de um programa de qualificação e valorização de diretores de escolas públicas de ensino básico municipais, estaduais e federais de todo país.

Mas, a maior, e talvez a mais conturbada polêmica envolvendo Cid Gomes, foi a acusação que o ex-ministro fez a centenas de deputados, onde em uma conversa informal com um grupo de estudantes universitários do Estado do Pará, Cid Gomes declarou que a Câmara dos Deputados tem 400, 300 “achacadores”. ( O verbo “achacar” pode significar “extorquir dinheiro em casos de chantagem”).

Era tudo o que a Presidente não queria, aumentar ainda mais o embate político entre o Executivo e o Legislativo.  Claro que o ex-ministro foi a Comissão Geral na Câmara dos Deputados para pedir desculpas, mas a situação se agravou ainda mais após reiterar suas declarações.

Logo após o ocorrido o então ministro foi demitido do cargo.

Enquanto isso, o Ministério da Educação encontra-se sem gestor e o novo lema do governo Dilma de “Pátria Educadora” entra em descrédito.

Paulo Henrique
Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia.




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