Padrasto de Júlia dos Anjos é condenado a 40 anos de prisão por estupro e homicídio
Francisco Lopes de Albuquerque foi sentenciado, na noite desta terça-feira (18), a 40 anos e seis meses de prisão pelos crimes de estupro, homicídio e ocultação de cadáver de Júlia dos Anjos Brandão, de apenas 12 anos. A decisão foi proferida pela juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, que destacou a natureza fria e premeditada do crime cometido pelo padrasto da vítima.
O caso de Júlia dos Anjos ganhou repercussão após seu desaparecimento, ocorrido em 7 de abril de 2022, em um condomínio residencial no bairro de Gramame, João Pessoa. Inicialmente, familiares e investigadores suspeitaram de um rapto ou influência de terceiros, até que Francisco Lopes se tornou o principal foco das investigações.
De acordo com os relatos iniciais, Francisco, alegando verificar se Júlia havia acordado, foi a última pessoa a vê-la antes do desaparecimento. Contudo, após intensa mobilização familiar e policial, o trágico desfecho veio à tona quando o próprio padrasto confessou ter assassinado a enteada. O corpo de Júlia foi encontrado em um poço na Praia do Sol, em João Pessoa, após indicação do suspeito.
Durante o processo, o delegado Hector Azevedo revelou que Francisco admitiu ter agido por ciúmes e receio dos impactos da gravidez da mãe de Júlia, fato que teria motivado o crime hediondo. A confissão trouxe à luz também os abusos sexuais cometidos pelo padrasto contra a adolescente nos meses que antecederam o homicídio.
O Povo PB
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