‘Nunca fui tão massacrada’, diz Elba Ramalho sobre conterrâneos na Paraíba

“Em 35 anos de carreira eu nunca fui tão massacrada em outros estados como no meu próprio estado”, disse a cantora Elba Ramalho, que fez show na quarta-feira (25) na sua cidade natal, Conceição, a 350 km de Campina Grande, no sertão da Paraíba. Ela reclamou que as pessoas não a vêem pelo ângulo bom de artista e de pessoa.

Há 20 anos Elba é atração tradicional da noite de 23 de junho em Campina Grande, anunciando a chegada do dia de São João. Mas o show de quarta-feira na praça principal de Conceição foi uma homenagem à cidade, onde não se apresentava há 16 anos. “É um momento de reencontro, de amor, de paz, de gratidão, afinal tudo começou aqui. Estou muito feliz”, disse. Mesmo com muita chuva o público compareceu. “Ela se consagrou como artista brasileira e todos os anos nos presenteia com uma festa muito bonita. Não perco um só ano”, disse Maria do Socorro.

Com 63 anos de idade e quase 10 milhões de discos vendidos, Elba se ressente das críticas que recebe dos conterrâneos. “A polêmica da transposição me marcou negativamente e os nordestinos não conseguem enxergar até hoje que a obra nunca levará água para os sertanejos. Eu sou quem mais sabe o que é sofrer com a seca, jamais diria algo que fosse contra os meus conterrâneos, apenas percebo que a obra não vai abastecer a esperança do nosso povo”, disse.

Portal do Litoral PB

Com G1PB

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