Publicado em: 4 mar 2015

Novo empréstimo para setor elétrico vai subir para R$ 3,1 bilhões

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta terça-feira (3) que subiu de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,150 bilhões o valor do novo empréstimo bancário que será feito para pagar parte do conta extra das distribuidoras com a compra de eletricidade do ano passado.

Este vai ser o terceiro empréstimo feito pelo governo para socorrer essas empresas. Os dois primeiros, tomados em abril e agosto do ano passado, somaram R$ 17,8 bilhões e foram suficientes apenas para cobrir as despesas até outubro. Os R$ 3,150 bilhões, portanto, servirão para pagar as faturas de novembro de dezembro de 2014.

Os empréstimos vão ser pagos pelos consumidores, via aumento nas contas de luz, entre 2015 e 2017. Se considerados os juros devidos aos bancos, serão repassados às tarifas nesse período cerca de R$ 30 bilhões.

Esses recursos estão sendo usados para cobrir as despesas das distribuidoras com a compra de energia no mercado à vista, onde o preço disparou no ano passado devido à falta de chuvas e consequente queda no nível de água dos reservatórios das principais hidrelétricas do país.

Pela regra, as distribuidoras deveriam pagar essa conta primeiro, para depois repassá-la aos consumidores no reajuste autorizado uma vez ao ano pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Como elas alegaram não ter recursos para tanto, o governo fez o plano de socorro.

Essa conta, portanto, seria repassada aos consumidores de qualquer maneira. Mas com o plano do governo, ela foi diluída ao longo de 3 anos, o que vai permitir um impacto menor nas contas de luz.

Juros
As faturas de novembro e dezembro deveriam ter sido pagas, respectivamente, em janeiro e fevereiro de 2015. Mas isso não foi possível porque o governo não conseguiu concluir a tempo a negociação com os bancos para o terceiro empréstimo e, devido à política de redução de gastos públicos, suspendeu qualquer tipo de ajuda com recursos do Tesouro.

Porém, essa demora na solução levou à cobrança de juros sobre o valor da energia comprada no mercado à vista, e que será pago às usinas que a geraram. Por isso o valor do empréstimo subiu dos R$ 2,6 bilhões inicialmente previstos para R$ 3,150 bilhões, elevando também a conta que será paga pelos consumidores.

Na segunda (2), Eduardo Braga participou de uma reunião com bancos para tratar da liberação do terceiro empréstimo. De acordo com o ministro, isso deve ocorrer ainda neste mês de março.

Portal do Litoral PB

Com Paraíba.com 



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