Publicado em: 1 ago 2014

Noiva de preso por morte de casal na Paraiba publica texto em rede social e fala sobre o crime

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Quatro meses após o assassinato do casal Washington Luiz e Lúcia Santana, no dia 29 de março em Campina Grande, um desabafo sobre o caso foi publicado no perfil do Facebook de Fabiana Queiroz, a mulher que casou com Nelsivan Marques, sócio das vítimas e preso suspeito de ser mandante do crime.

O dia de seu casamento e do duplo homicídio era também data do seu aniversário. Pedindo desculpas aos convidados e agradecendo ao trabalho da polícia, a técnica de enfermagem afirma na publicação que “o circo estava montado e o palhaço todo mundo hoje sabe quem é”.

Luciano Pires, advogado do empresário, não atendeu às ligações do G1 para responder às declarações. O duplo homicídio aconteceu próximo a uma casa de recepções no bairro do Catolé.

De acordo com a polícia, Washington Luiz, de 51 anos, e sua mulher, Lúcia Santana, de 42 anos, foram abordados pelo assassino por volta das 21h30, quando saíam da festa e se aproximavam do carro.

Seis pessoas foram presas pela Polícia Civil na operação ‘Iscariotes’, no dia 17 de junho. De acordo com a delegada de homicídios Tatiana Matos, o crime foi elucidado a partir da quebra do sigilo telefônico dos envolvidos, que revelou conversas telefônicas e troca de mensagens combinando detalhes do crime.

A publicação no perfil de Fabiana Queiroz afirma que a data “foi escolhida para ser meu casamento e como toda mulher sonha, eu sonhei casar de uma forma digna”.

Sobre o duplo homicídio, o texto diz que “no dia estava tudo muito lindo, mas infelizmente foram ceifadas duas vidas, o que quem me conhece sabe o quanto eu senti. […] Peço desculpas hoje a 300 convidados, a minha família, aos meus amigos […], pois o circo estava montado e o palhaço todo mundo hoje sabe que é. Eu literalmente vi o mundo desabar sobre minha cabeça. Dói saber que apenas fui usada”.

O texto é encerrado com um agradecimento à investigação policial. “Eu não sei quando eu vou voltar a sorrir ,mas sei que Deus fez Justiça, nada escapa das mãos dele, nem ninguém… Agradeço a Deus por todos aqueles que o senhor tirou a máscara, a delegada Tatiana Matos e toda a policia que fizeram um excelente trabalho”.

Suspeitos denunciados
Segundo o promotor Osvaldo Lopes, o sócio é o mandante do crime e um suspeito de agiotagem foi o intermediário que contratou o pistoleiro para matar as vítimas. Todos os acusados continuam detidos no Presídio do Serrotão.

Para o promotor, houve premeditação do mandante, que era sócio das vítimas e seria o beneficiário em caso de morte dos outros dois proprietários de uma faculdade com matriz em Campina Grande. No dia 1º de março, uma tentativa frustrada de matar o casal também foi ordenada por ele, com intermédio do agiota.

Motivação
Segundo a polícia, todo o caso começou quando os dois mandantes decidiram contratar alguém para matar o casal. Um desses homens era o sócio da vítima. O outro era o dono do carro no valor de R$ 81 mil, que foi vendido a Washington, mas não tinha sido pago. Eles contrataram um terceiro homem para intermediar o crime. Outro ponto que teria motivado o crime, de acordo com as investigações, é o fato de um dos suspeitos ser sócio das vítimas e, no caso da morte deles, ser o único beneficiário a tomar controle total da empresa.




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