No “Janeiro Branco”, Agevisa trabalha equilíbrio emocional de dirigentes, servidores e colaboradores
A Agência Estadual de Vigilância Sanitária promoveu palestra destinada aos seus dirigentes, servidores e colaboradores sobre a importância da saúde mental e emocional para a perfeita realização das atividades pessoais e profissionais da pessoa humana. Integrando a Campanha “Janeiro Branco” de estímulo à compreensão dos riscos ligados aos danos emocionais, a iniciativa, conforme Geraldo Moreira de Menezes, faz parte da política de valorização do pessoal da Agevisa. “Investir nos recursos humanos – enfatizou o diretor-geral da Agevisa – vai além das políticas salariais e de melhoria das condições de trabalho, pois envolve também ações voltadas para o psicológico das pessoas, que devem ser cuidadas e estimuladas a participar ativamente da vida das instituições que representam”.
A palestra “Janeiro Branco: saúde pede equilíbrio” foi proferida pela chefe do Núcleo de Ações Estratégicas do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, psicóloga Ângela Sátiro da Nóbrega. O evento foi organizado pela Gerência Técnica de Inspeção em Saúde do Trabalhador, órgão ligado à Diretoria Técnica de Saúde da Agevisa/PB.
Segundo a gerente Sayonara Carlos Severo, a iniciativa fez parte da política da Agevisa que tem por objetivo estimular a prevenção de problemas como estresse e ansiedade na instituição, com ênfase para os cuidados com a saúde mental das pessoas. “Cuidar da saúde mental é uma questão de autoconhecimento. É evitar doenças e criar estratégias para lidar com as várias situações que a vida nos impõe. A conscientização sobre o assunto é imprescindível, já que os cuidados com a saúde mental ainda são alvo de preconceito, principalmente no período em que vivemos, no qual as aparências são hipervalorizadas”, explicou.
Não é terapia – Conforme ressaltou a psicóloga Ângela Sátiro da Nóbrega, no início da sua palestra, o “Janeiro Branco” não visa obrigar as pessoas a fazerem terapia. A campanha, segundo ela, tem por objetivo alertar as pessoas sobre a importância do equilíbrio emocional, convidando-as a refletir sobre a vida; sobre o lugar do “Eu” de cada um. “Quando as emoções e sentimentos não são trabalhados (com equilíbrio), a pessoa pode adoecer”, comentou. E acrescentou: “O problema de saúde mental é grave e tem que ser tratado”.
Janeiro, conforme a psicóloga, foi escolhido para tratar das questões mentais e emocionais por representar, simbólica e culturalmente, um mês de renovação de esperanças e projetos na vida das pessoas. Quanto à cor branca, a mesma está relacionada a uma “folha em branco”, numa alusão às inúmeras possibilidades que as pessoas têm de “escrever” as suas vidas.
“De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) – explicou Ângela Sátiro –, saúde mental é o completo estado de bem-estar físico, mental e social, onde o indivíduo reconhece as suas próprias habilidades, consegue lidar com os estresses do dia a dia e pode trabalhar de forma produtiva e frutífera, contribuindo para a sociedade”. E tratar da saúde mental, segundo ela, é tão importante quanto tratar da saúde física e social, considerando que os problemas de ordem mental são mais comuns do que se imagina, chegando a atingir um em cada cinco adultos, por exemplo.
Ainda em sua palestra, Ângela Sátiro chamou a atenção para o fato de que (durante muito tempo) a saúde mental não esteve em pauta. “Não fomos ensinados a cuidar da mente, tão pouco preparados para lidar com as frustrações e com o excesso de informações trazidos pela evolução tecnológica”, comentou, ressaltando a importância de observar o que a mente está precisando para que ela (a mente) seja cuidada com a mesma atenção com que as pessoas cuidam dos seus corpos.
Quando procurar ajuda – Assim como as demais patologias, as doenças mentais também emitem sinais que podem permitir o tratamento preventivo. Segundo a psicóloga Ângela Sátiro, a pessoa deve procurar ajuda profissional em situações do tipo: “comer e dormir muito pouco, ou em excesso”, “apresentar alteração de humor com facilidade”, “sofrer (com frequência) problemas de esquecimento”, “sentir-se tentada a se afastar das demais pessoas”, “ter pouca energia”, “sentir-se muito confusa, no limite ou assustada”, “estar sempre ansiosa ou tensa”, “sentir-se incapaz de realizar as tarefas diárias “ e “ouvir vozes ou acreditar em coisas que são ‘não verdadeiras’”.
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