Publicado em: 6 ago 2021

Nilda Gondim defende apoio ao Sistema S para reforçar incentivo ao empreendedorismo no País

A senadora Nilda Gondim (MDB) defendeu a união do Senado Federal contra o projeto do ministro da Economia, Paulo Guedes, de enfraquecer as entidades integrantes do Sistema S que desempenham papel importante no treinamento e na capacitação profissional de micro e pequenos empresários de todo o País. “O Senado precisa estar atento e unido contra esse verdadeiro absurdo. Por isso conclamo os nobres colegas para lutarmos juntos, com altivez, em defesa do Sistema S”, enfatizou.

 

Composto por instituições históricas e de notório reconhecimento social, como Sesc, Sesi, Senai, Senac e Sebrae, o Sistema S, conforme Nilda Gondim, presta um serviço de excelência na promoção de treinamento e capacitação profissional, assim como na oferta de consultoria e assistência técnica nas suas respectivas áreas.

 

Para a senadora emedebista, “não se pode permitir que, na sua sanha arrecadatória, o governo federal ‘passe a faca’ no desenvolvimento e no futuro de milhões de jovens e empreendedores de todo o País que buscam oportunidade de trabalho, de evolução profissional e de competitividade nos negócios como caminhos para a geração de emprego e renda”.

 

Em pronunciamento, Nilda Gondim criticou a falta de sensibilidade e compromisso do governo federal e disse que é preciso investir cada vez mais na capacitação profissional da força de trabalho brasileira, não somente para ampliar os níveis de conhecimento técnico das pessoas, em especial das camadas mais jovens da população, mas, sobretudo, para que elas possam evoluir com segurança no empreendedorismo e na gestão dos negócios. “Visando este objetivo, precisamos manter a força das entidades que compõem o Sistema S”, acrescento.

 

Orientação e acompanhamento – A senadora paraibana justificou a necessidade de fortalecimento do Sistema S e do apoio ao micro e pequeno empreendedor destacando a importância dos mesmos para a economia da União, dos Estados e dos municípios. Ela observou, por exemplo, que as Micro e Pequenas Empresas correspondem a aproximadamente 95% dos CNPJ’s ativos no território paraibano e disse que tais organizações contam com o acompanhamento e a orientação do Sebrae.

 

“Somente no ano de 2020, o Sebrae atendeu mais de 3 milhões e 700 mil clientes em todo o País, sendo cerca de 2,4 milhões desses atendimentos direcionados a pequenos negócios. Além disso, o Sebrae atingiu a marca de mais de 2,5 milhões de matrículas nos seus cursos a distância, oferecidos por meio da maior plataforma de cursos livres da América Latina. Esses números justificam o resultado de pesquisa em que 97% dos entrevistados acreditam que a contribuição do Sebrae é importante para o Brasil”, observou.

 

Outras entidades que, segundo a senadora, apresentam números expressivos são o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que já capacitou mais de 70 milhões de alunos e que, atualmente, conta com cerca de 2,4 milhões de matrículas anuais; o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), que está presente em 25 Estados e no Distrito Federal, atende em mais de 1.700 municípios, tem 600 unidades operativas, 84 unidades móveis e 28 empresas pedagógicas, e o Serviço Social do Comércio (Sesc), voltado prioritariamente para o bem-estar social dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, mas com atendimento aberto à comunidade em geral.

 

“As ações e serviços do Sistema S chegam a municípios de todos os Estados da Federação, possuindo uma enorme capilaridade no nosso País. Portanto, reduzir os recursos que hoje são direcionados a essas entidades será como passar um rolo compressor em seus projetos, atingindo, inclusive, os seus gestores, como é o caso da Fiep”, observou a senadora, lembrando que desde 2018, mesmo antes de assumir o poder, o ministro Paulo Guedes, da Economia, afirmava que é preciso “passar a faca no Sistema S”.

 

“Essa frase continua a ser repetida por membros da equipe do senhor Paulo Guedes, a exemplo do secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, que defendeu a redução da arrecadação das entidades do Sistema em uma live realizada no último dia 23”, enfatizou Nilda Gondim. E questionou: “Onde estaria a razoabilidade na retirada de recursos de instituições que promovem, com excelência, a qualificação profissional e empresarial no nosso País? Essas entidades treinam e capacitam, gratuitamente, milhões de jovens, todos os anos. Retirar recursos do Sistema S é retirar dos brasileiros e das brasileiras mais carentes a oportunidade de se aprimorar e de buscar um lugar ao sol”.




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