Na final do Brasileiro de Futebol Americano, time da Paraíba é vice campeão
O Coritiba Crocodiles é o campeão brasileiro de futebol americano de 2014! Bicampeão! Mas não foi fácil. Foi truncado, brigado, suado. E contra o mesmo adversário de um ano atrás. Neste domingo, depois de estar quase perdendo o título para o João Pessoa Espectros, os Crocos se superaram. Empataram o jogo no tempo normal e viraram na prorrogação. Placar final: 23 a 17. Inapelável. Pelo segundo ano consecutivo, o time paranaense conquistou o Brasil. E a torcida verde e branca explodiu em festa nas arquibancadas do Couto Pereira.
Há quase um ano, em 14 de dezembro de 2013, Crocodiles e Espectros se enfrentaram numa final de Campeonato Brasileiro. Naquela ocasião, os paranaenses levaram a melhor, vencendo por 23 a 14 em solo paraibano. Dessa vez, o time de João Pessoa chegou perto de dar o troco. Mas o Crocodiles, que tanto bateu na trave em anos anteriores – com três vice-campeonatos seguidos – foi forte e vai trilhando agora uma sequência de títulos. No topo do futebol americano no Brasil.
Ao Espectros, fica a certeza de ter feito uma boa campanha: apenas duas derrotas em nove partidas e o título da Superliga Nordeste, a quinta da sua história, a quarta seguida. Mas o Crocodiles foi impecável, foi 100%: seis vitórias em seis jogos.
CROCODILES ABRE PEQUENA VANTAGEM
O primeiro quarto no Couto Pereira começou bastante truncado. Com os ataques em tarde pouco inspirada, os dois times pouco avançavam e encontravam dificuldades para ultrapassar o meio de campo. Quando o Crocodiles começava a conseguir se sobressair e encurralar o Espectros, o defensor Vitor Veloso, da equipe paraibana, interceptou um lançamento, recuperando a bola e travando a investida dos donos da casa. A partida seguiu com muita pancada até o fim da primeira parte e com o placar inalterado.
O segundo quarto começou no mesmo ritmo do primeiro, mas o Espectros passou a cometer muitas faltas. O Crocodiles se aproveitou disso e acabou avançando mais de 30 jardas, fazendo o adversário recuar muito e jogar com “as costas na parede”, próximo a sua end zone. Perto do fim, o time paraibano conseguiu mais uma boa interceptação, dessa vez com o defensor Felipe Botelho, e brecou o corredor do ataque dos donos da casa. A partir aí, o Espectros cresceu na partida e avançou 20 jardas ao conseguir dois first down.
Os visitantes seguiam melhor e assustaram o time paranaense quando o quarterback Rodrigo Dantas acertou passe de mais de 30 jardas para o recebedor Vitor Ramalho. Mas foi tudo o que os paraibanos conseguiram antes do fim do segundo quarto. A defesa do Crocodiles cresceu no jogo e a equipe partiu para cima, avançando mais de 50 jardas, ficando a menos de 15 de marcar o primeiro touchdown. Mas foi com um field goal de Felipe, a 15 segundos do fim do primeiro quarto, que os paranaenses abriram o placar, fazendo 3 a 0. E nada mais aconteceu até o momento de os dois times descerem para os vestiários no intervalo.
ESPECTROS VIRA O JOGO, MAS CROCO REAGE NO FIM
Na volta para o terceiro quarto, a tônica do jogo era a mesma: muita briga e os jogadores dos dois times disputando cada centímetro do campo. Ainda assim, o Espectros ia tendo sucesso nas avançadas ao ataque e se mantinha na maior parte do tempo próximo à end zone do Crocodiles. E os paraibanos conseguiram transformar a pequena vantagem em campo em pontuação e virar o jogo. Felipe Gônzio marcou o primeiro touchdown da partida, fazendo 6 a 3 para os Fantasmas, quando converteram o ponto extra com Diego Aranha: Espectros 7, Crocodiles 3. Era o fim de terceiro quarto.
Na parte final do jogo, os donos da casa tinham que ir para cima se quisessem tentar manter o título de campeão. Mas o Espectros seguiu melhor em campo. Tanto que Diego Aranha conseguiu um field goal da marca de 39 jardas e ampliou a vantagem para os paraibanos: 10 a 3. E, aos poucos, o time de João Pessoa ia dominando a partida. Ia assumindo a condição de dono do jogo. E traduziu isso em números quando Massu recebeu um passe sensacional de Rodrigo Dantas e marcou o segundo touchdown do time. 16 a 3. Diego Aranha ainda converteu o ponto extra – 17 a 3 – e deixou o Espectros ainda mais perto do inédito título.
Mas o Crocodiles ainda estava vivo no jogo. E Rodriguez tratou de dar mais emoção ainda à final quando marcou o primeiro touchdown do time paranaense, que ainda converteu o ponto extra com Felipe, diminuindo a vantagem do Espectros para 17 a 10. Daí para frente foi praticamente um jogo de ataque contra defesa. O setor ofensivo do Crocodiles indo para cima em busca do empate ou da virada. E o setor defensivo do Espectros tentando uma interceptação para evitar a tragédia. No fim, melhor para o ataque do Crocodiles, que conseguiu mais um touchdown – com Marcelo – e outro ponto extra – com Felipe -, empatando o jogo em 17 a 17 e levando a partida para a prorrogação. A atmosfera do Couto Pereira era de tensão e nervosismo.
TÍTULO COM “T” DE TOUCHDOWN
Após o fim do tempo regulamentar, as emoções da reta final da partida e o placar de 17 a 17 impuseram um silêncio assustador no Couto Pereira. Com a bola no ar novamente para a prorrogação, a torcida voltou a fazer barulho. Principalmente a do Crocodiles. O Espectros tinha a bola, mas os donos da casa interceptaram. E foram ao ataque. Avançaram. Jarda após jarda. Até o <i>touchdown </i>decisivo. O do título. Marcado por Alexandre. A pontuação mais importante do time na competição. A que deu ao Crocodiles o bicampeonato brasileiro.
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