Mulheres protestam após estupro e morte de adolescente na Ìndia
A polícia confirmou neste sábado (31) a prisão de dois homens que estariam envolvidos no estupro e enforcamento de duas adolescentes da casta considerada de intocáveis, os dalits, no norte da Índia. Até agora, cinco suspeitos foram detidos e outros dois continuam foragidos.
O superintendente da polícia local, Atul Kumar Saxena, disse à agência indiana ‘PTI’ que as prisões ocorreram durante a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, no horário local. Ainda segundo o oficial, assim como os outros suspeitos que já haviam sido detidos, a dupla presa é da casta Yadav.
Os policiais chamados Sarvesh e Chhatrapal foram suspensos e detidos por “conspiração criminosa” ao negar ajuda aos familiares das vítimas, que na noite de terça-feira (27) tinham descoberto que as adolescentes estavam presas em uma casa da cidade.
“Chhatrapal nos disse que não registraria queixa nenhuma e que fôssemos embora. Disseram que nos matariam se insistíssemos em registrar uma ocorrência”, contou ao jornal local ‘Indian Express’ um dos irmãos das adolescentes.
das vítimas após o crime. (Foto: Associated Press)
As jovens tinham sido raptadas por um terceiro policial, Awadhesh, e dois de seus irmãos – Pappu e Urvesh –, que foram presos e acusados de assassinato e estupro. “O papel da polícia em todo o caso é suspeito. Se os policiais tivessem atuado a tempo as meninas estariam vivas. Estavam conluiados com os acusados”, acusou o pai de uma das vítimas ao ‘PTI’.
“Somos tão pobres que não esperamos que se faça justiça. A polícia nos pressionou para que mudemos nossas declarações sobre o crime”, disse ao canal local ‘NDTV’ um vizinho de uma das vítimas.
A família das adolescentes pediu uma investigação independente, por não confiarem no chefe do governo regional, Akhilesh Yadav, que pertence à mesma casta dos acusados.
Akhilesh, por sua vez, ordenou que se faça um “julgamento rápido” contra todos os detidos e que os parentes das vítimas sejam protegidos e indenizados com 500 mil rúpias (quase US$ 15 mil).
Segundo o ‘Indian Express’, os altos comandantes da polícia de Uttar Pradesh admitiram a “grave negligência” no caso.
Portal do Litoral PB
Com G1
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