Mulher sequestra namorada, atira na cabeça dela e depois atira na própria cabeça
Pouco antes de ser atingida com um tiro na cabeça, a jovem Hanna Júlia, de 18 anos, ligou para o amigo Lucas Oliveira, de 19 anos, pedindo ajuda e depois enviou um mapa com a localização de onde ela estava pelo whatsApp. Itamila de Souza, também de 18 anos, atirou contra Hanna e depois disparou contra a própria cabeça, na segunda-feira (22), dentro de um apartamento em Cruzeiro do Sul, segundo a polícia.
Hanna permanece na UTI do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, em estado gravíssimo, de acordo com a direção da unidade. Já Itamila morreu antes de dar entrada na unidade de saúde.
Amigo de Hanna, o estudante Lucas Oliveira contou ao G1 o que aconteceu no dia do crime. Segundo ele, a turma da faculdade de Desenvolvimento Sustentável (Ieval), onde eles estudavam, foi liberada mais cedo na segunda à noite. E, ao sair da sala de aula, viu que Itamila aguardava Hanna dentro de um táxi. Após algumas horas, a menina teria ligado para Oliveira e pedido socorro.
“Ela [Hanna] me disse que era para eu esperá-la em um lanche que ela ia sair, mas voltava logo. Logo depois, ela já me ligou dizendo que estava presa em um quarto e me pedindo ajuda. Ela me passou a localização no WhatsApp e corri para lá depois de pegar um carro emprestado”, conta.
O estudante diz ainda que chegou a entrar no apartamento e teria tentado evitar o crime. Porém, ele foi ameaçado por Itamila.
“O acesso ao quarto estava bloqueado, tive que ir pela casa vizinha. Quando pulei a janela, tentei agarrar a Hanna, mas ela [Itamila] me mandou sair. Quando ouvi o disparo sabia que ela tinha matado a Hanna”, relembra.
Após isso, Oliveira tentou acionar a polícia e chegou a voltar para o apartamento. Ele conta que sabia do relacionamento das duas, mas não imaginava o que Itamila pretendia fazer. “Nunca imaginei que ela fosse fazer isso. Minha vontade era de salvar as duas. Tenho certeza que se eu conseguisse salvar as duas me agradeceriam”, lamenta.
‘Crime pode ter ser sido planejado’, diz polícia
A delegada Carla Ívane, responsável pelo caso, explica que o crime se trata de uma tentativa de feminicídio, seguido de suicídio. Ela diz ainda que a polícia trabalha com a hipótese do crime ter sido premeditado. A arma usada no crime foi uma pistola bersa calibre 380. A polícia ainda não sabe como a adolescente teria conseguido a arma. “Tudo nos leva a crer que o crime teria sido premeditado pela autora do disparo”, explica.
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