Publicado em: 9 mar 2016

Moro autorizou escuta telefônica de João Santana e da mulher

O juiz Sérgio Moro autorizou escutas telefônicas do marqueteiro de campanhas do PT,João Santana, e da mulher, Monica Moura, que também é sócia dele na empresa Polis, de Marketing e Propaganda.

As escutas foram feitas dias antes da prisão do casal, decretada em 22 de fevereiro, na 23ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Acarajé – segundo os investigadores, o termo era usado por investigados para falar de dinheiro em espécie. O material está sendo analisado pela Polícia Federal.

As escutas são de telefonemas do casal e também de mensagens trocadas em telefones relacionados a eles. Investigadores encontraram material que consideraram mais relevante para as investigações nas mensagens por celular dos dois.

O publicitário baiano João Santana foi  marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

A escuta telefônica é parte das investigações sobre lavagem de dinheiro e corrupção. Investigadores suspeitam que o publicitário tenha sido pago por serviços prestados ao PT com propina oriunda de contratos da Petrobras.

 Usando uma conta secreta no exterior, ele teria recebido dinheiro da empreiteiraOdebrecht e do engenheiro Zwi Skornicki, representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

O casal estava na República Dominicana, trabalhando na campanha à reeleição do presidente daquele país, quando Moro decretou a prisão dos dois.

Eles chegaram ao Brasil no dia seguinte e se apresentaram a polícia sem celular e sem notebook, fato que chamou8 a atenção de policiais federais.

O casal foi revistado em uma sala reservada no aeroporto. A praxe, em casos como esse, é que a PF apreenda tudo o que estiver com o preso que seja de interesse da investigação.

Além disso, tudo que possa ser perigoso para a segurança do próprio preso também é tomado pelos policiais.

Nesse tipo de situação, o preso pode entregar espontaneamente o celular e outros aparelhos, mas a Polícia Federalnão pode forçá-lo a dar equipamentos que não esteja portando no momento.

Com G1



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