Ministério Público pede prisão de pastor por aplicar golpes de R$ 2 milhões em fiéis
O pastor Péricles Cardoso de Melo, acusado de crimes de estelionato contra fiéis da igreja Assembleia de Deus, em João Pessoa, teve o pedido de prisão requerido pelo Ministério Público da Paraíba. Com o término do inquérito, a Polícia Civil concluiu que o religioso recebeu de forma indevida o montante de R$ 2 milhões. Cerca de 30 pessoas teriam sido vítimas do pastor.
O Portal T5 teve acesso ao parecer assinado pela promotora Gláucia Xavier. No documento, crimes de apropriação indébita e estelionato são apontados ao pastor e à Vânia Francisco de Macedo Melo. Com base nas investigações, o Ministério Público pediu à Justiça da Paraíba a prisão preventiva dos investigados e a autorização de um mandado de busca e apreensão na residência deles. As solicitações encaminhadas no dia 5 de setembro ainda não foram julgadas.
Sem Paradeiro
No prédio onde o pastor morava, a síndica informou que o religioso deixou o imóvel em julho, assim que as investigações ganharam notoriedade na imprensa.
Péricles Cardoso era pastor da Igreja Assembleia de Deus, em Mangabeira I, desde o ano de 2018. As investigações concluíram que ele utilizava o poder de convencimento, da fé religiosa e respeito dos fiéis para solicitar ajuda financeira para a compra e reforma de uma casa para a Igreja.
A prática ocorreu por pelo menos dois anos. Ele pedia dinheiro emprestado e utilizava cartões de crédito dos fiéis, mas com esses valores fazia pagamentos de dívidas pessoais.
O MPPB afirma que os “irmãos” da igreja não sabiam entre si desses pedidos de ajuda, pois tudo era feito em sigilo. Em depoimento, as vítimas mencionaram que o pastor também se passava por um homem “muito bondoso”, ajudando financeiramente os fiéis da igreja, pagando contas deles com o dinheiro particular, mas, no entanto, ele utilizava o dinheiro que havia recebido dos congregados para fazer a “Obra na Igreja”.
A igreja
A Assembleia de Deus disse que abriu um procedimento disciplinar contra o pastor e um boletim de ocorrência também foi registrado. Segundo a entidade, o caso chegou ao conhecimento da diretoria da instituição por meio de denúncias de membros da congregação.
Péricles Cardoso está afastado das funções eclesiásticas desde o dia 14 de julho, após decisão da diretoria estadual.
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