Publicado em: 1 set 2015

Metabolismo humano

Li um livro de Luis Fernando Veríssimo, o Jardim do Diabo, que o seu personagem expressa o seguinte pensamento: ”as coisas vivas comem coisas mortas, semivivas e até vivas para sobreviver, o resto que sobra é excremento, lixo, sem utilidade”. Se fizermos uma rápida analogia, esse pensamento assemelha-se , e muito, com a lei da natureza e o comportamento humano.

As coisas vivas podemos classifica-los como os grandes líderes mundiais, as altas autoridades, grandes executivos, políticos e até líderes religiosos, que vivem do trabalho dos ”operários humanos”, ou seja, da grande massa, que em troca, suprem suas necessidades básicas: alimentação, drogas, armas, sexo e espiritualidade.

E quem são os excrementos, os livros, os excluídos? São aqueles que foram usados, sugados pelos ”donos do mundo” e que agora não tem mais utilidade, sem serventia, lixo! Neste grupo podemos incluir aqui, os individuos marginalizados da sociedade.

Vestidos de ternos e gravatas, dentro de um escritório, sala de reunião ou até mesmo, por trás de um púbito, usam suas melhores armas: caneta e papel. Com essas ”armas” declaram guerras e matam mais que os piores assassinos.

E para que serve a lei, a ordem e a religião? Talvez para criar um falso sentido de justiça, igualdade e humanidade? Para minimizar o sentimento de culpa humana e criar a expectativa de um futuro melhor?

Talvez o pensamento do personagem de Luis Fernando Veríssimo tenha razão: os atos praticados aqui no mundo são apenas necessidades humanas, regra do jogo!

Paulo Henrique
Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia




Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...