Marco Feliciano tem sua página oficial invadida por hackers
Grupo ASORHackTeaml insere grande texto atacando a bancada evangélica na Câmara devido às suas investidas em impedir votações de leis que beneficiariam minorias no País
Integrantes do grupo ASORHackTeam, que age nos moldes do Anonymous, invadiram a página oficial do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) e postaram um grande texto criticando o comportamento do parlamentar em seu cargo, bem como o de toda a bancada evangélica no Congresso Nacional devido às suas investidas para impedir votações de leis que beneficiam minorias no País.
O longo texto, de mais de 8 mil caracteres – o equivalente a quatro páginas cheias no Microsoft Word com letras em tamanho 12 –, se concentra principalmente em criticar a mistura que parlamentares têm feito entre política e religião.
“Sob um discurso incoerente de liberdade religiosa, permite-se que exista uma bancada evangélica em um estado laico, o Brasil. Aos mais incautos, não há perigo aparente. É apenas uma parcela da população sendo representada, e somos uma democracia representativa”, diz o grupo no texto, compartilhado em sua página no Facebook.
“[Mas, por ser um Estado laico, isso] significa que representantes políticos podem ter a religião que preferirem (ou não ter), assim como qualquer cidadão, mas que, no momento de proporem leis, emendas ou projetos, não devem ser fundamentados em seus princípios religiosos.”
O grupo ressalta que a atual Frente Parlamentar Evangélica, composta por 80 parlamentares, entre eles Feliciano, seria a maior base da Câmara caso se unisse em um partido único e que, segundo o site Transparência Brasil, “mais da metade dos parlamentares que participam da bancada são alvos de processos judiciais na Justiça Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal (STF) por diversos crimes, tais como peculato, improbidade administrativa, sonegação de impostos, formação de quadrilha ou bando, abuso do poder econômico em eleições de que participaram, reprovação de prestação de contas nos Tribunais de Contas de Estados e municípios e aos próprios”.
Além disso, o grupo exige que projetos de parlamentares evangélicos como aquele apelidado como “cura gay” e “bolsa estupro” – que prevê ajuda a mulheres engravidadas de agressores sexuais que criem os filhos frutos da violência – sejam eliminados de discussão do Congresso devido ao caráter laico do Brasil. Cita ainda o fato de a bancada ter sido responsável por barrar o projeto de lei que criminaliza a homofobia, engavetado neste ano no Senado.vimos, bastante frágil em sua prática, não é importante apenas para a comunidade LGBTT”, resume o grupo.
O iG procurou o deputado Marco Feliciano em seu gabinete na Câmara dos Deputados, mas ninguém atendeu ao telefone. O parlamentar também foi procurado em seu telefone celular, que estava desligado no início da noite desta quinta-feira (16).
A página chegou a ser tirada do ar por alguns minutos, mas voltou ao normal pouco depois da divulgação da ação dos hackers.
Com IG
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