Mais votados ficam fora da ALPB e perdem vaga para quem teve menos
Pelo menos 14 candidatos a deputado não foram eleitos, mesmo tendo votações superiores à de João Bosco Carneiro Júnior, que teve direito à última das 36 vagas distribuídas pela Assembleia Legislativa da Paraíba. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), João Bosco foi eleito com 13.307 votos. O candidato imediatamente superior a ele, e que ficou como primeiro suplente, Carlos Batinga, obteve 25.847 votos. Ou seja: Batinga teve 12.540 votos a mais do que João Bosco e não foi eleito. João Bosco foi contemplado pelo sistema proporcional.
Alegam os defensores do sistema eleitoral proporcional que o mesmo tem por finalidade viabilizar a representação dos setores minoritários da sociedade nos parlamentos municipais, estaduais e federal. Ou seja: nas câmaras municipais, nas assembléias legislativas estaduais e distrital (no Distrito Federal) e na Câmara Federal. No entanto, é um sistema injusto, no qual nem sempre quem tem mais votos sai vitorioso.
Tiveram mais votos do que João Bosco Carneiro Júnior os seguintes candidatos derrotados: Carlos Batinga (25.847), Antônio Mineral (25.550), Eva Gouveia (23.408), Jullys Roberto (22.468), Hervázio Bezerra (20.513), Eliza Virginia (20.249), Rodrigo Soares (19.902), Aníbal Marcolino (19.615), Olenka Maranhão (19.526), Arthur Cunha Lima Filho (19.180), Guilherme Almeida (17.341), Olímpio Oliveira (15.557), Dunga Júnior (14.888) e Antônio Vituriano de Abreu (14.187).
Mais votos do que 6 deputados eleitos
Além de ter conseguido mais votos do que João Bosco, Carlos Batinga ainda foi mais bem votado do que outros seis deputados eleitos:
Inácio Falcão (14.392), Genival Matias (15.027), Janduhy Carneiro (19.694), Trócolli Júnior (20.685), Frei Anastácio (23.815) e Zé Paulo (25.341). Da mesma forma, Antônio Mineral, que hoje é deputado, teve mais votos do que outros oito deputados eleitos. Eva Gouveia foi mais bem votada do que seis eleitos. Jullys Roberto teve votação superior à de outros cinco parlamentares que asseguraram vagas na Assembleia. Hervázio Bezerra e Eliza Virgínia tiveram mais votos do que quatro eleitos. Rodrigo Soares, Aníbal Marcolino, Olenka Maranhão e Arthur Cunha Lima Filho tiveram votações superiores ás de três eleitos. Dependendo de quem seja o governador e das articulações que acontecerão, alguns desses suplentes poderão ter chances de assumir os mandatos. Além do mais, tramitam
na Justiça Eleitoral ações que pedem as cassações de dois parlamentares eleitos que teriam sido flagrados comprando votos no interior do Estado, no dia 5 de outubro. Outro fator que pode modificar o quadro desenhado nas últimas eleições, diz respeito aos votos obtidos pelo candidato a deputado José Herculano Marinho, conhecido como Dr. Marinho, ex-prefeito do município de Santo André, e pai da prefeita Silvana Marinho. Dr. Marinho obteve 8.606 votos, mas sua candidatura foi indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.
Portal do Litoral
Com Jornal Correio
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