Lula versus Dilma: continuidade ou mudança?
Me recordo perfeitamente da opinião pública na eleição presidencial de 2009. Muitos brasileiros justificavam seu voto na então candidata Dilma Rousseff por acreditarem na continuidade das ações do governo Lula, período que a economia brasileira se destacou nacional e internacionalmente.
Pertencer ao mesmo partido, ter apoio político do governo anterior e garantir os mesmos benefícios sociais, como o Bolsa Família e Minha Casa, Minha vida, foram alguns dos argumentos que escutei durante todo o processo eleitoral de 2009. Mas hoje, estando já no segundo mandato da presidente Dilma, questiono: desde quando esses argumentos eram garantias de um mesmo governo?
Esses argumentos não são e nunca serão garantia de continuidade de um mesmo governo. Condicionamentos internos e externos produzem alterações na condução de qualquer governo, seja no Brasil ou na China. E mudanças internas e externas foram que não faltaram externa e internalmente: crise internacional, guerras civis, terrorismo, corrupção, crise partidária, mudanças climáticas, manifestações populares e etc etc etc.
Sem contar que Lula e Dilma tem perfis totalmente diferente. Lula se destaca como líder, sua trajetória política prova isso. Enquanto Dilma se apresenta como gestora, perfil mais técnico.
A população brasileira precisa sair do idealismo, levar em consideração nas futuras eleições, seja elas nacionais, estaduais e municipais, que o terreno que o próximo sucessor irá pisar é outro. Novos obstáculos, novos desafios são requeridos. Continuidade na intensidade é no mínimo utópico!
Paulo Henrique
Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia.
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