Publicado em: 21 jul 2020

Lúcio Vilar, diretor executivo do Fest Aruanda, celebra 15º aniversário do evento e adianta novidades para edição 2020

Em 2020, o Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro comemora a sua 15ª edição. Em um cenário de pandemia, o evento acontecerá de 3 a 10 de dezembro com uma programação adaptada que seguirá todas medidas de segurança e higienização para prevenir o contágio do novo coronavírus. Este ano, além da celebração de 15 anos do evento, será comemorado 60 anos do filme que dá nome ao Festival – Aruanda – e a data que marcaria os 90 anos de Linduarte Noronha, pernambucano erradicado na Paraíba que se transformou em uma referência nacional do documentarismo moderno.

Acreditando no potencial do cinema nacional, Lúcio Vilar, diretor executivo do Fest Aruanda, pontua a importância da valorização do segmento e investe a sua vida neste universo, sendo ainda mais especial o audiovisual com sotaque paraibano.

Em entrevista exclusiva, o cineasta revela as expectativas e como será esta edição, comenta a interface digital do evento e as iniciativas para estabelecer parcerias internacionais. Lúcio é professor universitário, jornalista, produtor-executivo do evento e carrega uma paixão pelo audiovisual em todas as atividades a que se dedica. Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), ele é também professor do Departamento de Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desde 2002.

Confira na íntegra:

O que o público pode esperar desta edição histórica do Fest Aruanda?Será uma edição muito especial para o Festival Aruanda. Estaremos comemorando 15 anos de história, o que é momento de celebração muito importante para nós, que acompanhamos a evolução do audiovisual na Paraíba durante essa década e meia.

O Festival foi uma plataforma para escoar toda essa produção local como uma vitrine muito importante e se tomarmos cada ano, é possível perceber essa linha evolutiva em ascensão até chegarmos a esse momento de consolidação, não apenas do evento, mas também deste patamar de qualidade e excelência da produção cinematográfica de curta e longa metragem.

Além dos 15 anos, nós também, por dever de justiça, vamos comemorar os 60 anos do filme Aruanda, que dá nome ao festival e é, no Brasil, o único que tem nome de filme. A Paraíba está presente lá em 1960 com este filme realizado pelo pernambucano erradicado aqui no estado, Linduarte Noronha, que se transformou em uma referência nacional do documentarismo moderno. Então, este ano, iremos celebrar esses 60 anos do filme e também, lembrar a data em que Linduarte Noronha faria 90 anos. Por isso, será uma edição com sessões especiais e muitas emoções.

Como está sendo essa interface digital com lives e bate papos com grandes nomes do nosso cinema?
Já estamos trabalhando, as inscrições estão abertas até o dia 11 de agosto, tanto para longa, quanto para curta. Temos um mês de inscrições e até agora 350 inscrições, o que nos faz acreditar na superação do número de inscrições para esse ano. Estamos realizando as Lives de Cinema, já tivemos a presença de Maria do Rosário Caetano, Edson Lemos, um jovem cineasta paraibano, recém formado no curso de Cinema, pela UFPB, Suzana Lira, Mayana Neiva, e teremos Bárbara Paz ainda esse mês, Marcos Vilar, Bertrand. As lives acontecem nas quintas às 17h, já fazem parte da ação do Festival Aruanda, a partir do projeto “Aruandando no Campus”.

Sobre a parceria internacional, que é algo inédito no Aruanda, quais são suas expectativas?
Entre algumas novidades, estamos construindo uma proposta junto com a Universidade Lusófona de Portugal, nós estabelecemos o intercâmbio entre ela e o Festival Aruanda, através do projeto de extensão universitária “Aruandando no Campus”, que está realizando lives, podcasts e outras ações digitais. Estamos unidos a eles, para que o Festival tenha um braço internacional. Então, deveremos ter na edição de 2020, filmes de curta e até de longa metragem europeus, portugueses e ou da União Europeia, o que é algo que está sendo nesse momento discutido, amadurecido, mas tememos essa parceria internacional esse ano. Não temos tantos detalhes ainda, porque é um processo que ainda estamos discutindo.

Neste cenário de pandemia, como será realizada esta edição do evento?
Como o evento acontece no mês de dezembro, temos a esperança de que até lá as coisas estejam mais tranquilas e confortáveis. É fato que não será como antes, mas desejamos realizar o Festival no cinema, com uma capacidade reduzida e seguindo todos os protocolos de higiene em todos os processos. Queremos acreditar que isso será possível.
Por outro lado, temos o modelo drive-in que está sendo retomado em várias cidades, o que é uma possibilidade completa. Há também a alternativa de exibição ao ar livre, na praia, por exemplo. Independente do formato, o Festival vai acontecer. São 15 anos, uma data muito importante e estamos trabalhando muito para realizar da melhor forma em um desses cenários ou em um modelo misto, que será definido mais próximo.




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