Publicado em: 25 jan 2014

Legalização da maconha no Brasil: ser ou não ser?

Recentemente a imprensa nacional e internacional divulgou maciçamente a legalização da maconha no Uruguai.  A legislação Uruguaia determina o máximo que uma pessoa pode gastar por mês com o consumo da erva, além a faixa etária, a quantidade para consumo e autocultivo. Paralelamente, nos Estados Unidos também foi autorizado, através de uma lei estadual, o consumo da maconha para uso recreativo no Estado do Colorado. De acordo com as regras, os usuários estão autorizados a comprar até 30g da erva, e o consumo só é permitido para maiores de 21 anos e só deve ser consumida em locais privados.

Em razão disso, voltou-se ao debate nacional à discussão sobre a legalização ou não do uso da maconha aqui no Brasil. Há ainda muitos questionamentos: se a maconha é uma porta de entrada para as outras drogas, ou até mesmo se ela pode ser considerada uma droga.

Dias desses, passando pelo Campus da Universidade Federal da Paraíba, me deparei com uma pichação, em um dos prédios recém-construído, que dizia: “Legalização da maconha Já”. 

Calma, não é bem por aí!!!

Não é simplesmente porque um país vizinho legalizou o uso da maconha que o Brasil deve automaticamente legalizar. Isso seria de irresponsabilidade tamanha.

Todo país tem suas peculiaridades e particularidades, e o Brasil não é diferente. Somos um país de imenso território nacional, de uma população eclética e de aspectos regionais, culturais, econômicos e sociopolíticos diversos, temos centenas de crenças, credos e tradições. Não podemos simplesmente importar as decisões políticas de outros países e colocar em prática em nosso país, seria como dar um “CTRL+C e CTRL+V”, e não somos nem robôs e nem nosso país um computador, somos seres humanos racionais e cidadãos políticos capazes de discutir sobre qualquer tema e encontrar a melhor solução para nossa realidade.

Então, seja qual for o fim, para uso medicinal ou recreativo, não importa. É preciso intensificar o diálogo sobre o tema entre o poder público e a sociedade, através de debates, campanhas, políticas públicas, ou até mesmo de um plebiscito, para que juntos possam decidir qual a melhor posição para o Brasil.

Paulo Henrique

Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia.

dddd

 

 




Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter

O que achou? Comente...