Publicado em: 6 set 2016

Impeachment, a voz do povo.

É público e notório que política é um jogo de interesses, interesses não só entre eles ,os políticos, mas também entre o governo e empresários, sindicatos , organizações não-governamentais e sobretudo, o interesse do povo.

A população foram às ruas, milhões brasileiros vestidos de verdes e amarelos, com a bandeira nacional e cartazes nas mãos, reinvidicando reformas políticas, fim da corrupção, investimento na educação e saúde pública. Ecoaram suas vozes ao congresso nacional, querendo ser ouvidos, clamando aos senadores e deputados mudanças na política brasileira.

Presenciamos uma avalanche casos de corrupção serem descobertos, “homens do colarinho branco”, de forma inédita no Brasil, foram punidos e presos.

Então, porque agora que o Congresso Nacional ouviu a voz do povo, promoveu mudanças e a justiça brasileira puniu os corruptos, uma parte da população brasileira indigna-se com o cumprimento da lei?
O impeachment não foi um processo legítimo, diante da lei e da constituição brasileira, com direito a defesa?

O que é perceptível e merece uma boa reflexão é que existe um grupo que não quer perder o tão desejado posto do poder. Querem continuar beneficiando-se com os privilégios que este os oferecem. Querem mais uma vez influenciar o povo com seu discurso social e igualitário, mas na verdade tão individualista, ditatoriais e capitalista quanto seus opositores. Porém com discurso utópico e nada pragmático, fazendo povo pensar que está participando da governança.

Todo o processo que assistimos foi um caminho para o amadurecimento político, a população elevou sua consciência critica,participou ativamente, seja nas ruas, nas redes sociais, universidades, escolas e no meio familiar.
Foi um fato histórico e ímpar, em que, pela primeira vez, movimentos apartidários foram às ruas e ouvidos pelos seus representantes.

Então, por que retroceder? Por que acreditar no falido discurso igualitário e social em prol do povo?

Paulo Henrique
Professor, Mestre em Relações Internacionais e Bacharel em Economia.




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