Hospital de Trauma de João Pessoa registra segunda doação de múltiplos órgãos no mês de março
A segunda doação de múltiplos órgãos, registrada na Paraíba neste mês de março, ocorreu na madrugada desse domingo (19), no Hospital de Trauma de João Pessoa. Através do gesto, autorizado pela família, cinco pessoas terão suas vidas transformadas.
O doador foi um homem de 27 anos, do qual estavam em condições para transplante o fígado, os rins e as córneas. O caso foi acompanhado pela equipe multiprofissional da Organização à Procura de Órgãos (OPO), diretamente ligada à Central de Transplantes, desde a identificação do potencial doador, conclusão do protocolo de morte encefálica, entrevista familiar, retirada dos órgãos e encaminhamento aos hospitais onde acontecem os transplantes.
É da equipe da Central de Transplantes também a responsabilidade de comunicar ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT) as inscrições efetuadas para a organização da lista nacional de receptores, receber notificações de morte encefálica e determinar o encaminhamento e providenciar o transporte de órgãos e tecidos para os centros transplantadores. Trabalho que é realizado 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Todos os órgãos doados foram recebidos por mulheres. A receptora compatível para o fígado foi uma pernambucana de 66 anos, já os rins foram para duas paraibanas, de 44 e 55 anos. As córneas foram levadas para o Banco de Olhos, pois precisam passar por uma avaliação antes da realização da cirurgia.
“Após o transplante, com os cuidados adequados e o acompanhamento médico, muitos pacientes transplantados são capazes de retomar suas atividades cotidianas, incluindo trabalho, estudos, atividades sociais e físicas. A doação é um ato voluntário e só ocorre com a permissão dos familiares que têm nas mãos a oportunidade de salvar vidas, já que um doador pode beneficiar vários pacientes que estão na fila vivendo de esperança”, ressalta a diretora da Central de Transplantes da Paraíba, Rafaela Dias.
Em 2023, a Paraíba já realizou 43 transplantes, e ainda aguardam na fila pela doação de um órgão ou tecido, 450 pessoas.
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