Publicado em: 6 out 2013

Homens armados invadem assentamento em Caaporã, são detidos pelo MST e liberados pela PF

125254,362,80,0,0,362,271,0,0,0,0Durante toda essa semana famílias sem terra do acampamento Wanderley Caixe, na cidade de Caaporã, divisa da Paraíba com Pernambuco, foram abordadas por capangas sobre a mira de armas tendo seus documentos retidos. Na tarde de ontem (05) três homens em um veículo preto entraram armados e sem identificação no acampamento buscando as lideranças e foram retidos pelos trabalhadores sem terra que só irão libertá-los com a presença a Polícia Federal.

Os homens identificados que entraram armados no Acampamento Marxsuel Aurelio do Nascimento, Eliades Carvalho Santiago e Jeferson Paulo Barbosa que são de uma empresa de segurança e um deles é da Policia Militar. De acordo com a assessoria do movimento, a Usina Maravilha foi quem contratou esses homens para ameaçar as famílias sem terra.

a Polícia Militar cercou o assentamento e negociou a liberação dos três homens. Os assentados disseram que o trio chegou ao local, onde vivem aproximadamente 1.300 famílias, em um carro preto e em atitude suspeita. Eles mesmo renderam os homens e demoraram a solta-los, o que acabou acontecendo nos primeiros minutos deste domingo.

Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal, que também se dirigiu ao assentamento, conseguiu liberar os três homens e encaminha-los para o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil da Paraíba.

A coordenadora do assentamento, Sílvia de Melo Oliveira, diz que a área é improdutiva e pertencia à uma usina. O assentamento Wanderley Caixe mantém uma disputa judicial com os proprietários da terra, que não aceitam incluí-las no programa de reforma agrária do Governo Federal.

Nas primeiras horas deste domingo, os homens detidos foram entregues a Polícia Rodoviária Federal após intermediação do Incra.

As famílias que já estão trabalhando na terra estão apreensivas com a situação. “Apesar da lei estar do nosso lado, já que as terras ocupadas por nós eram improdutivas, os usineiros da região contratam essas pessoas para tentar nos afugentar”. Ela lembra que apesar do apoio da sociedade, o movimento tem no seu histórico o assassinato de vários de seus militantes.

Portal do Litoral PB com MST – Paraíba




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