Homem mata esposa e se joga da janela do 18º andar com os dois filhos; ele deixou carta
Quatro pessoas de uma mesma família foram encontradas mortas, na manhã desta segunda-feira, no Condomínio Pedra de Itaúna, na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo as primeiras informações, os corpos de Nabor Coutinho de Oliveira Junior, de 43 anos, e dos dois filhos, Henrique, de 10, e Arthur, de 6, estavam no pátio. O pai teria se atirado da janela da com as crianças.
Já a mulher, identificada como Laís Khouri, de 48 anos, estava morta no apartamento onde todos viviam, no 18º andar do Edifício Lagoa Azul. Ela teria sido esfaqueada enquanto dormia, informou o 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes). O corpo foi encontrado na cama. Vizinhos contaram a policiais que foram ao local terem ouvido muita gritaria no apartamento da família por volta das 6h30m.
Fotos mostram a janela por onde pai e filhos caíram, com a rede de segurança arrebentada, e também a faca que teria sido usada para golpear Laís. Equipes da Divisão de Homicídios (DH) foram acionadas para fazer uma perícia no local.
Os corpos de Nabor, de Laís e das crianças seguiram para o Instituto Médico Legal (IML).
Carta
No apartamento foi recolhida uma carta que teria sido escrita por Nabor. Nela, são relatados problemas no trabalho e financeiros. Em um trecho, é citada uma incerteza em relação ao plano de saúde. A carta foi encaminhada para perícia, que determinará se a letra é mesmo de Nabor.
“Me preocupa muito deixar minha família na mão. Sempre coloquei eles à frente de tudo ante essa decisão arriscada para ganhar mais. Mas está claro para mim que está insustentável e não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais renda e não vou ter como sustentar a família”.
“Sinto um desgosto profundo por ter falhado com tanta força, por deixar todos na mão. Mas melhor acabar com tudo isso logo e evitar o sofrimento de todos”.
“Ainda não conseguimos contratar o novo plano de saúde. (…) Com o histórico médico de Láis e de Arthur, será que aprovam? Será que não vai ficar super caro?”.
Extra
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